ŦŦ_Pátio Central_ŦŦ

*Em meio a sua apresentação, Mayli percebia que a Sandaime havia se ausentado repentinamente e continuava trabalhando para que poucos além dela reparassem, caso houvesse algo de errado acontecendo ao redor. Sua dança já era acrobática há algum tempo, mas agora ela deixava os movimentos menos rápidos e mais intensos, buscando mais contato visual e interação com a plateia, fazendo com um selo simples algumas plumas ornamentais aparecerem nas laterais de seu rosto de forma quase mágica. Percebendo o retorno de Baiken a garota finalmente poderia terminar o seu número, que agora era mais lento como no início, concentrando a atenção nos movimentos do seu corpo suado e em seu olhar. Sem deixar o sorriso ousado escapar do seu rosto, um pouco encoberto pelo cabelo meio assanhado, Mayli voltava a rodopiar para um dos lados do palco no sentido oposto a um redemoinho de plumas que esconde a sua imagem, e para a surpresa de todos, quando se voltava para o público trajava uma incrível armadura de plumas que encobria todo seu corpo por baixo daquela roupa, incluindo uma espécie de elmo que mudara sua feição delicada para algo mais intimidante.
Continuado seu gingado faceiro a garota dava alguns mortais e voltava rodopiando para o centro do palco, terminando sua performance de costas para o público, abraçando o próprio corpo com os braços transformados em grandes “asas” que a encobriam, com seu gavião planando vindo de um rasante, planando sobre a sua cabeça, representando o sono dos pássaros.
A missão estava cumprida, e não poderia dizer que tinha sido a mais fácil de sua vida. Em meio ao silêncio da banda e os aplausos e saudações da plateia, Mayli se erguia ofegante, desfazendo a armadura que espalhava as plumas propositalmente, e se voltava para Baiken, a reverenciando com um dos joelhos no chão e uma mão estendida em sua direção. Tal gesto fazia com que as pessoas também se voltassem para a Tatsukage, e aproveitando a deixa, a garota se levantava aplaudindo os músicos e seguindo para o fundo do palco com Hikuro em seu ombro, acenando com carinho para todos que acompanharam sua apresentação.

Descia pelas costas do palco, sem clima para enfrentar os curiosos, e olhava ao redor pelas barracas, analisando o que elas ofereciam. Sentia sua respiração ainda ligeiramente ofegante e contornava a testa, tirando o suor que escorria pelo seu rosto. Estava com sede, muita sede, e o anúncio de uma barraca de bebidas próxima chama sua atenção. Por um instante ficava estática, sua mente se embotava em uma lembrança de seu pai durante um festival, na qual ainda era apenas uma menininha e perguntava o que ele bebia, algo que nunca a deixara provar, apesar de responde-la sempre com muito amor. Um sorriso tristonho surge em seus lábios, e Mayli vai se sentar em uma das baquetas da barraquinha, estendendo a mão para o senhor que era atendente enquanto aproveitava a brisa.*

- Arf...Senhor, por favor! ...

*O gavião Hikuro no entanto ficava olhando ao redor com seu jeito analítico, parecendo pouco confortável com aquela escolha, questionando Mayli com alguns silvos e plumas bem assentadas.*

*Começava a andar por entre as barracas, deixando para trás a discussão e as acusações e falácias das duas mulheres que decidiram me julgar. Sabia da desconfiança de Baiken e o quanto ela não me compreendia, ter crescido em outro lugar deveria fazer seu efeito ali.... Já a forasteira parecia apenas perdida na história que me levava a criticar a ação da kage em si, principalmente seu sentimento contra mim*
"Tsc... Meus takoyakis T-T"

*Tinha andado um pouco com a cara fechada até finalmente ver uma barraca com peixe e então um estalo dentro de mim fez meus olhos abrirem bastante e um sorriso sincero dar lugar a cara fechada... A barraca te desafiava a pegar um peixe com algum tipo de listras e notando bem eles pareciam brilhar dependendo de onde nadavam*
- Ohhh, incrível!!! Ossan, posso tentar?!!

*Tinha um tom infantil e ansioso, aquilo simplesmente havia acordado uma outra parte de mim. O senhor da barraca estranhou a euforia, mas estendeu uma pequena peça para capturar o peixe e uma sacola com água para colocar ele dentro, tinha uma tentativa... Fiquei analisando os peixes e escolhi um na hora que ele passou embaixo da luz da barraca e brilhou como se acendesse uma luz vermelha nele, como um bote suspendi o peixe e o coloquei no saco (Deixando o velho sem jeito)*
- Hmmmm.. Peguei!!! hahaha
(Senhor) - Você é um rapaz estranho...

*Me levanto e saio olhando o peixe e sorrindo besta, fazia muito tempo desde que tinha ido a um festival... Olhando ao redor via o fim da apresentação de Mayli e mostrou para o peixe a garota descendo como se flutuasse*
- Olha lá sr. peixe, parece uma ave gigante, não é legal?

*Um velhinho de avental se aproximava de Mayli enquanto limpava um copo de vidro, ele era meio magro e baixinho e abria um sorriso ao reconhece-la, o que não devia ser difícil devido a suas pinturas corporais avermelhadas.*

_ Pois não? Olha se não é a moça que estava dançando agorinha!? Diga em que eu posso te ajudar?

*A garota sorria meio sem jeito por ter sido reconhecida tão facilmente e olhava em volta, vendo se alguém estava pensando em vir até ela.
Voltando a olhar para o senhorzinho, Mayli gesticulava um pouco, fazendo uma cara forçosamente descontraída, como se estivesse se sentindo super à vontade ali, como se soubesse perfeitamente o que estava fazendo.*

-...Ann...Me vê o que o senhor tem de melhor aí! Mas tem que ser o melhor mesmo ein? Não adianta querer me enganar! Huhuhu

*Por um motivo ou outro, o velhinho parece cair perfeitamente pela esparrela, e aponta o indicador para ela batendo com a outra mão sobre o balcão com animação, assustando um pouco o gavião Hikuro que até então estava tranquilo no ombro dela.*

_Hahaha! Essa é das minhas! Deixa eu ver aqui menina, vou caprichar pra você!

“Eita será que eu exagerei?”

*A garota ficava com um sorriso amarelo no rosto, passando a mão no peito de seu gavião, que, sem entender o que acontecia, estava começando a não gostar nada daquilo.*

- Hehehe...

*A loira coloca as duas mãos no rosto e o aperta de uma forma engraçada, fazendo uma cara admirada.*

- O queeeeeeeee??!! Você nunca assistiu um teatro de sombras Kairu-chan!? Ta falando sério!?
Ah agora eu quero mais ainda!

*Quando voltava a olhar para o palco, Mayli tinha umas plumas no rosto, e de repende seu corpo todo estava coberto de penas e ela tinha asas!! Não podia acreditar no que estava vendo.
Simplesmente aplaudia boquiaberta sem entender nada do que tinha acontecido, mas achando lindo.*

- Noossa!!! Você viu aquilo?! O que foi isso!? Ela virou um pássaro!? Como foi isso?
Fiquei até com um pouco de medo dela. o.o

*Olhava para Kairu com os olhos azuis bem arregalados, querendo entender o que aconteceu, e aproveita que estava próxima dela pra entrelaçar seus braços como duas comadres e arrasta-la pra fora daquela varanda que conhecia tão bem.*

- E vamos andando Kairu-chan! É por ali! Já sinto o cheirinho da comida me chamando!

*O final da apresentação de Mayli tinha a surpreendido ainda mais, e percebia que Baiken-sama estava de volta ao seu posto anterior.*

“...Muita responsabilidade. Baiken-sama parece que gostou bastante...”

- Haha...Não, não que eu me lembre. Não...Acho que não. Foi mal!

*Se encolhe um pouco pela reação exagerada de Haruko após perceber que ela nunca tinha visto um teatro de sombras, mas sinceramente não achava nada demais aquele fato, apenas sorria meio sem jeito e percebia que ela tinha uma dúvida sobre o que Mayli tinha feito.*

- Ah aquilo...é...
Ta! Ta certo!

*Antes que pudesse explicar, a recepcionista a arrebatava pelo braço e a puxava para fora da varanda e perto das pessoas, o que a faz abaixar mais o olhar e se sentir meio encabulada. Não queria ver ninguém a encarando, então simplesmente andava enquanto gesticulava um pouco, se deixando guiar por Haruko.*

- Então...É bonito, mas originalmente é um jutsu entende? É uma armadura que usamos em combate...Aquelas plumas podem ser mais resistentes do que você imagina.
As plumas que “criamos” podem ser cortantes também, no caso daquelas asas...
Tudo vai aumentando a complexidade conforme a evoluímos na nossa arte.

“Por isso eu nunca poderia estar em cima daquele palco...”

*Pensava em toda a complexidade envolvida no domínio de todos os jutsus que Mayli utilizara, unida a sua desenvoltura na dança, atuação, e nos riscos que para ela eram tão obvios. Engolia seco ao lembrar pelo que ela estava passando, e permanecia um pouco distraída quando lembrava disso. Faltava algo para compreender como ela tinha conseguido.*

- Você vai entregar o presente pra ela né Haruko-san?

_ Aqui está! Dose dupla por conta da casa!
Você mandou ver naquele palco! Foi uma apresentação bem longa. Deve estar faminta menina.

*O idoso voltava com um copo mais comprido do que Mayli imaginava que seria. Sorrindo de forma amistosa, a garota pegava o copo com as duas mãos enquanto agradecia o senhor, sem saber muito bem o que fazer, não queria experimentar a bebida na frente dele.*

- Ah! Obrigada senhor, mas por enquanto eu só sinto sede...Quem sabe mais tarde un?

*Olhando com desconfiança para as mãos e para o rosto de Mayli, o idoso apenas erguia as sobrancelhas e se afastava aparentemente desconfiado.*

“O que foi? Será que fiz algo de errado?”

*Vendo que ele se afastava para atender outras pessoas, Mayli olhava para o conteúdo esverdeado do copo, e se voltava para o lado oposto aproximando-o do nariz. Apertava o nariz achando muito ruim o cheiro que vinha daquilo.*

“Mas que cheiro forte! Ai droga...acho que eu exagerei no pedido...
Unnn...mas é bom que economizo? Eu não tomar só um desses ia? Deve ser isso mesmo, eu é que não to acostumada...”

- Tomara que isso funcione...

*Cerrando os olhos, ela começava a virar o copo em sua boca, e não conseguia conter a careta instantânea após a golada do liquido alcoólico.*

- Blaaahh!!! Isso queim...!!!

*Percebendo que tinha chamado a atenção do dono da barraca e todos que estavam mais próximos, ela abre um grande sorriso e se vira de costas para ele, sentindo o peito esquentar.*

“Mas que porcaria é essa!?”

*Respirava fundo, apoiando o copo na bancada enquanto o olhava quase como um desafio, buscando concentração, tentando entender aquelas sensações diferentes.*

“Vai dar certo! Por que não daria certo?! Todo mundo faz isso!”

*Após a apresentação de Mayli voltava a prestar atenção em algumas barracas, tinham doces e uma quantidade grande de barracas para tirar a sorte ou para jogos. Passava por elas como um furacão de tão rápido, queria saber de todas as barracas do festival. Após algum movimento no palco porem ouvi o primeiro tambor sendo tocado e isso chamava minha atenção*
- Tai...koo??

*Olhava para o peixe que já não brilhava mais, sem as luzes para fazer a ilusão, e para o grupo que estava no palco em sucessão... O pobre peixe não tinha muitas chances de competir pela atenção, deixo sua sacolinha pendurada em uma barraca em direção de uma lampada sob protestos de um homem alto e forte que exigia que o tirasse*
- Deixa o sr. Peixe assistir a apresentação. Já volto!

*Dessa vez uso um shushin no jutsu, indo parar diretamente atrás do palco. Os tambores começavam a tocar ritmados. Começo a fazer selos diversos em sucessão esperando um momento para começar alguma coisa, quando ouço o som de um dos tambores sendo tocado mais forte levanto o braço*
- Taiko!!!

*Um raio sobre para os seus, conhecia o dito popular do deus dos trovões que tocava tambores para fazer o som do trovão e agora os raios acompanhavam o trovão*

OFF: Tatsuma começa a usar jutsus Raiton, basicamente ele está fazendo raios sempre que um tambor é tocado mais forte e disparando para o ar diretamente atrás do palco

*Mayli levava um belo susto ao ver Kuroi ali do seu lado, sentia um estremecer como se tivesse sido pega no flagra. Ficava o olhando meio desconcertada e ia ler o pergaminho, percebendo que tinha esquecido completamente dos seus pertences no bosque por causa da fulga desesperada .*

- A-ah! Kuroi-san, eu não posso ir buscar?! Eu estava pensando em passar esta noite no bosque...
Poxa, desculpa te dar esse trabalho logo hoje...

*Ficava realmente meio encabulada por imaginar que tinha dado aquele trabalho, e fazia um bico pensativo para a parte de dormir na pensão. Não era o que queria, não gostava de voltar atrás em suas decisões, também não entendia o por que daquilo, mas não queria perder seu animo tentando contrapor a Sandaime. Contudo, não conseguia esconder o olhar de insatisfação que não se enquanto não conseguisse voltar com um sorrisinho conformado.*

-...Não, na verdade não Kuroi-san...Mas pode deixar em qualquer lugar.Unn...Nas termas vai molhar muito...Na recepção qualquer um poderia achar, coloca em um cantinho do restaurante então....Acho que eu vou ficar por lá mesmo, ou se não, passo pra pegar...

*A garota não parecia muito contente, mas sorria de forma gentil para o simpático servo de Baiken enquanto olhava para um canto qualquer bastante pensativa. Aquilo tinha acabado com suas pretensões de abdicar de todo o conforto que estava a fragilizando. *

“...Que droga. Que droga. Que droga!”

*Quando menos esperava, percebia o shinobi a olhando com uma cara desconfiada e sentia as bochechas corarem ao ler o que ele escrevia.*

- Ahaha! Mas claro que sim! Kuroi-san! Claro que sei! Não se preocupa não! Hahaha

*Pegava o copo com um grande sorriso no rosto, mas a cara de Hikuro parecia dizer outra coisa.
De repente uns raios que iam aos céus começam a surgir bem próximos dali, por trás do palco, assustando muitas pessoas ao redor e chamando minha atenção.*

- Que é isso..?

---

- Hmm! Sei...

“Que coisa complicada, mas tudo bem.”

*Haruko guiava Kairu pelo festival se revezando em olhar para ela atentamente e sorrir de forma simpática para as pessoas que a cumprimentavam. Naturalmente, como já morava ali a tanto tempo, muitos a conheciam.
Seguia por um caminho não muito convencional, tentando evitar passar pela barraca onde estaria Tatsuma e os outros, até chegarem ao outro lado. De repente a pergunta de Kairu fazia a loira lembrar do embrulho que tinha nos braços e ela para por um segundo. Já tinha se esquecido daquilo.*

- Ah é! Vou sim Kairu-chan, quer vir junto comigo!?

*Observando ao redor, percebia que já não estavam tão longe do palco menor onde queria levar Kairu, então se voltava para ela esperando sua resposta.*

*A pergunta parecia pegar a garota de surpresa e ela para por um instante, pensativa e triste por lembrar que Mayli estava realmente indo embora.*

-...Não...

*Meio cabisbaixa, apenas olhava nos olhos da recepcionista com um tom de pedido.*

- Ela já se despediu de mim Haruko-san...Ficaria meio estranho. E eu não estou com uma energia muito boa pra passar...

*Estava triste por aquele fato, não queria deixar transparecer e acabar prejudicando Mayli de alguma forma. Queria respeitar o seu espaço, não queria ser mais um problema, sabendo que ela já enfrentava algo muito ruim aquela noite.*

*Sorria de olhos fechados enquanto lançava mais e mais raios a medida que o som ia sendo tocado, mas por algum motivo os tambores começavam a parar e então tinha que parar com os raios e via a sua frente um monte de pessoas com as roupas do taiko me encarando. De imediato os olho irritado e puxo a pele abaixo de um dos olhos com o dedo do meio e dou língua para eles implicando por terem parado*
- Bakas! Voltem a tocar para invocar os trovões!! Não conhecem as lendas, BAAAKAS!

*Um grupo de crianças passa fazendo bagunça por mim, não os conhecia e sinceramente não tinha interesse no assunto deles, queria fazer raios para acompanhar os trovões. As crianças queriam chamar atenção demais com a história deles, nunca deveriam ter tido um lobo gigante ou uma katana e ficavam bestas com uma tatuagem que ia sumir ainda por cima*
- OOI! Oss-san! volta a tocar! larga mão de ser medroso.

*Fazia cara de mau, como se estivesse dando uma bronca nos músicos por estarem estragando a festa, quando ouço a história da barraca e da menina boba... Pelo visto os amigos pregaram uma peça com a garota e olho de relance para ver a cena e não gostava dos garotos nem um pouco... Minhas mãos começam a fazer selos rápidos demais aproveitando o acumulo de chakra que já tinha dos demais jutsus*
- Raiton! Ikazuchi no Kiba!

*Ergo as duas mãos para o céu e logo após para a direção dos primeiros garotos que tinham corrido, não ligando se o local tinha gente ou não. Dois relâmpagos imediatamente vão em direção da área onde eles estavam de uma única vez*
- Fiquem quietos, estão atrapalhando o Taiko! Baaakas!

Off: Chakra : 1200 - 100 : 1100

Raiton - Ikazuchi no Kiba. rank B

*Quando menos esperava, Kuroi já tinha sumido, e pouco tempo depois todas as luzes se apagavam e se acendiam, arrancando algumas vaias, gritos e risadas. Olhava para os lados reconhecendo aquilo de situações anteriores, e presumia que Baiken estivesse enfrentando algumas situações chatas. Imaginava que apesar disso, tudo estava bem.
Estava prestes a tomar um pouco mais da bebida, quando sentia um beliscão de Hikuro em sua orelha.*

- Ai ! Hikuro...
Por que fez isso?

*O gavião parecia irritado e descia para o antebraço da garota abrindo um pouco as asas e gralhando com alguma brutalidade. Parecia dar uma bronca nela, e chamava a atenção de todos próximos para a estranheza da cena.
Mayli fazia um bico de leve e olhava pra ele um pouco séria.*

- Não! Eu vou ficar...Por que você não vai dormir fofinho? Ta tudo bem comigo...E você é que vai me acordar amanhã.

*Hikuro parecia contrariado e buscava olhar para os olhos de Mayli, que tentava acaricia-lo para convence-lo. Já estava tarde para ele, e ela não queria lhe causar preocupações.*

-...Deixa de bobagem Hikuro-chan...Vai logo...Não quero gavião preguiçoso perto de mim amanhã!
Boa noite fofinho. Não demoro não...tanto. Prometo.

*Abria um grande sorriso, como se não conseguisse esconder a mentida. Parecendo triste e decepcionado com a decisão de sua dona, Hikuro vira a cara para outro lado e levanta vôo, saindo em alguma direção em busca de um abrigo para dormir. Mayli estava o decepcionando e sabia disso, observava-o se distanciar e se voltava para o balcão, olhando para o copo sem a mesma animação.*

“Eu só preciso tentar...”

Off: Tatsuma, desloque suas postagens para a Arena de Tetsu para não atrapalhar o festival.
Grata.

*Enquanto ouvia a explicação de Kairu sentindo um pouco de tristeza por sua situação, se aproximavam dos bancos longos que ficavam na plateia do segundo palco, e de repente via uns raios indo em direção aos céus lá longe, perto o outro palco, e apontava.*

- Noooossa! Essa galera ta se superando nos efeito ein! Olha que lindo!

*De repente um blackout acontecia, e Haruko se abraçava a Kairu sem perceber olhando ao redor muito assustada.*

- Ahhhh!!! O que foi isso!?
Kairu-chan!? Ta tudo bem!?

*A loira naturalmente já demorava bastante pra se acalmar, e a aparição repentina de Kuroi apenas a assustava mais uma vez. Olhando com medo para o shinobi, ela pegava seu pergaminho.*

- Kuroi-san? Isso é pra mim? Tá...
Sério!? Eu não...!!

*Começava a ler a mensagem, e quando terminava, o rapaz não estava mais ali e tinha acabado sido deixada falando sozinha. O tempo dos ninjas era louco.
Olhava pra Kairu com um sorriso meio amarelo, imaginando que não deveria ser muito bom ela saber que iria ter que se ausentar, e continuava andando, até chegar nos bancos. Tinham muitas crianças e jovens na plateia daquele palco, alguns pais e idosos também. Uma história estava sendo contada em um belo teatro de sombras que se projetava em um telão de tecido...Aparentemente eles falavam sobre um romance, mas Kairu só iria entender se prestasse atenção.
Convidava ela para sentar, e a chamava pra mais perto para cochichar em seu ouvido.*

- Kairu-chan! Então eu vou entregar o presente de Mayli e buscar alguma coisa pra gente comer ok?
Td bem se você me esperar aqui? Eu vou querer saber de tudo quando voltar ein?

*Não olhava para os raios no céu com a mesma admiração de Haruko. Aquilo parecia muito perigoso para todos, e antes que pudesse pensar mais a respeito, tudo é tomado por um breu momentâneo. Do nada Haruko a agarrava a se sentia sufocada, tentando afasta-la um pouco.*

- Calma ai Haruko-san! Me larga!

*Detestava que pessoas chegassem perto demais, mas logo via que a recepcionista estava amedrontada, a olhando com um pouco de impaciência.*

“...Ela tem medo de tudo...”

*Não se surpreendia com a aparição de Kuroi, mas algo não muito bom devia estar acontecendo. Todos pareciam meio afobados de repente.
Até tentava espichar os olhos para o pergaminho, mas Haruko não deixara dar nem uma espiadinha.
Seguia com ela e se sentava, ouvindo o que ela cochichava em seu ouvido.
Engolia seco, olhando ao redor, perdendo rapidinho aquela marra. Ela podia ser um pouco tagarela demais, mas não queria que ela fosse, mas era o jeito, também não queria rever sua prima e se sentir pior.
Olhava para baixo sem conseguir disfarçar a insegurança e faz um sinal positivo, percebendo só então que as sombras no tecido eram bonecos. Aquilo a chamava a atenção por um momento.*

-...Não demora Haruko-san...

*Todaru também parecia curioso com aquilo, e acabava chamando um pouco a atenção das pessoas com seus murmúrios. Olhava pra ele com o dedo sobre os lábios.*

- Shhh! Tem que ficar quietinho Todaru!

*Haruko perambulava pelo evento na posta dos pés, olhando para todos os lados meio afobada em busca de Mayli.*

- Aiaiai, cadê ela!?

*Via vários conhecidos, Shuuhei e uma garota de cabelos vermelhos, mas nada da Shinsora.*

-...Gente onde ela se meteu?!

*Sem conseguir acha-la, a recepcionista achava melhor adiantar a comida, e começava a passar em algumas barracas, fazendo vários pedidos diferentes. Era tanta coisa boa que sentia uma água na boca.*

- Senhor eu vou passar pra pegar daqui a pouco...São...
9 takoyakis!

*De repente via o gavião de Mayli passando logo acima, e observa que ele não estava indo para o festival.*

“Será que...?”

*Olhava na direção oposta a que a ave vinha, era de um lugar mais escondido perto do palco. Batia de leve no balcão com um sorriso para o senhor, deixando algum dinheiro.*

- Toma Yama-san! Eu passo pra pegar jaja os pedidos!

*Estava tentando se desdobrar em várias, e saia dali correndo na direção que imaginava que Mayli estivesse, e não conseguia esconder o sorriso de satisfação própria quando chegava até ela.*

- Ahaaa!!! Isso! Finalmente te achei...Ufa!!

*Sem esperar qualquer resposta, a loira se inclinava um pouco ofegante, esticando o embrulho de presente para Mayli.*

- É pra você!

*Enquanto isso, Kairu poderia acompanhar a história que era contada pelo teatro de sombras. Parecia só mais um romance típico entre um rapaz e uma moça que entretia a todos, mas o que deveria realmente chamar sua atenção era o cenário. Tal história se passava no interior de um labirinto, e as referencias apontavam o tempo todo para Tetsu.*

*Enquanto tomava mais uma terrível golada da bebida horrível, Haruko chegava até a garota, a assustando um pouco. Mayli tossia um pouco sem conseguir esconder o desagrado tanto pelo gosto e por sentir que seus olhos pareciam mais “lentos”, quanto por ver Haruko ali. Olhava pro embrulho com frieza e voltava para se apoiar no balcão.*

- O que é isso?

“O que ela ta tentando fazer com isso?”

* Enquanto ouvia o garoto Inuzuka falar sobre como aquela abordagem não fazia sentido para ele, tentava se imaginar chegando de uma outra forma até ele, claro que ela poderia ter sido mais gentil se aquele chakra medicinal que havia sentido não fosse um caso de muita importância para ela, mas não havia como o Gennin saber, e por isso era aceitável sua rejeição quanto a abordagem dela. Akane Riu do que ele dizia sobre um possível sequestro, mas perdeu a compostura mesmo quando sentiu que ele a puxava pela mão. A ruiva foi sendo guiada por Shuuhei segurando na mão dele, enquanto se enfiavam no meio daquela grande multidão, tentou falar algo sobre aquela repentina fuga mas ele cortou ela antes que pudesse completar uma palavra, ficando então em silêncio ouvindo sua explicação do porque estavam saindo com tanta pressa, o que tirou uma risada da espadachim. Ao perceber que haviam parado, olhou para ele e viu aquele sorriso singelo, sentindo novamente as maçãs do rosto ficarem vermelhas. *

- A-.HH..ah.... hum.... me chamo Akane Arthuria, prazer em conhecê-lo Shuuhei-kun!

* Ainda segurava a mão dele com delicadeza deixando brotar em seus lábios um sorriso sincero tombando levemente o rosto para o lado, após a apresentação. *

- Sabe.. eu tinha dinheiro comigo, não precisávamos sair daquele jeito hehe!