ŦŦ_Pátio Externo_ŦŦ

Relembrando a primeira mensagem :

Um pátio que fica do lado externo ao templo. Seu piso é de pedra, geralmente coberta pela neve local, assim como todas as suas esculturas e bancos que são espalhados de uma forma harmoniosa ao redor do pátio, perto de árvores bastante antigas.
Ao redor deste pátio há alguns jardins ornamentais com alguns bonsai centenários.

*Sem dizer mais nada foi seguindo para o templo sendo guiada por Himura. Não conseguia deixar de sentir algum receio, mas se Todaru estava confiando naquele homem, talvez devesse tentar. Lembrava das palavras de Baiken sobre oportunidade e encarar os riscos de se machucar, e se concentrava em não tropeçar nas raízes que ele alertava ter por ali.*

- Certo...Energia...
Ok Himura-san.

*Entrava no templo junto ao Shinsora. Todaru observava os dois e depois voltava sua atenção para os arredores novamente.*

*Após um tempo em sua observação Todaru poderia identificar uma pequena figura em meio as arvores. Poderia ver o pequeno pássaro completamente desorientado de onde estava e machucado a ponto de não poder voar*

*Todaru permanecia no mesmo lugar onde estava originalmente, ainda atendo e desconfiado nos arredores, ouvindo cada ser que circundava o lugar, quando de repente ouvia aquele pássaro estranho desconhecido e antes saudável que tinha caído aparentemente sem motivo algum, voltar a se mexer misteriosamente.
O corujo movia sua cabeça com surpresa, emitindo um som grave e pausado, alertando que tinha algo de errado acontecendo, como se estranhasse o acontecido e pedisse atenção e cuidado de quem estivesse ao redor.*

*Ingrid planava em círculos sobre o templo observando as atitudes de Todaru e do possível "pássaro"*

*Como ja haviam se passado algumas horas e não havia nem sinal daqueles dois dentro do templo, Yukio sai de sua tocaia, se aproximando do local.*

- Mas o que aconteceu? Espero que aqueles dois não tenham se metido em encrenca...Etto...?

*O rapaz se deparava com uma cena estranha. O corujo branco da garota Kairu parecia mirar algo, piando de forma estranha, como se estivesse sendo ameaçado, e percebia aquela ave gigante do Himura voando por ali também.
Sem entender nada, o shinobi se aproxima tentando olhar para onde o corujo olhava, mas não via muita coisa.*

- Ou! Que é isso amigão? O que ta acontecendo? Que viagem hein? Você ta preocupado??
Baah...claro, to falando com o pássaro...

*Yukio suspirava fazendo um sinal negativo e ia até a porta do templo batendo três vezes como se fosse uma casa.*

*O pequeno pássaro busca abrigo ao ouvir Todaru, ambas as aves poderiam sentir o medo que aquele pequeno animal sentia deles. Para Todaru era diferente do que havia presenciado antes*

*Saía do templo tateando o chão, sabendo que haviam degraus ali, e descia com cautela, olhando para os lados.*

- Todaru!?... Todaru?

*O corujo branco estava dormindo em uma árvore próxima, e acordava logo que ouvia aquela voz, voando logo na direção de sua tutora, pousando como costumava em seu ombro.
Guinchava de forma carinhosa, se rebatendo contra ela como se estivesse com saudades.
Surpresa com o pouso dolorido contra seu corpo, acabava se abaixando, acariciando o corujo e o pegando em suas mãos como ele gostava de ficar de forma folgada.*

-...Ai Todaru...Ai! Isso faz cócegas...Não, para!Haha...
O que foi?

*O animal a olhava de forma engraçada, subindo pelo seu antebraço, e ficava testando sua máscara, sem entender o que tinha acontecido.
Sorria, pegando na borda da mascara para impedir que ele a arrancasse.*

- Calma! Não faz isso. Não posso tirar...São ordens.
Está tudo bem...

*No instante em que Himura começava a subir os degraus, Todaru olhava naquela direção, e Kairu percebia sua movimentação, e com um pouco de concentração também podia ouvir seus passos. Se levantava colocando o corujo no ombro e olhava naquela direção sem saber quem estava vindo.*

-...Yu-Yukio? Quem está ali?

*Se mantinha em uma postura alerta, ansiosa, como se esperasse uma resposta com temor, mas Todaru reagia muito tranquilamente, o que não necessariamente a deixava mais tranquila, sabendo que o corujo era muito sociável.*

“...Preciso me acalmar se quiser sentir...”

*Experimentava se concentrar um pouco mais, e conseguia ouvir os batimentos cardíacos daquela pessoa, achando familiar e lutando para identificar de quem seria.*

-...Himura-sensei? É você?

*Enchia os pulmões sentindo a face corar debaixo daquela máscara, e falava pra Himura com punhos fechados.*

- Não me chama de corujinha!!!!! HUMPF!!!

*Cruzava os braços dando as costas como uma criança birrenta, e ia até um banco se sentando ali sem muitas dificuldades e sem perceber, e ficava ouvindo os comentários de Himura, até que percebia o que tinha feito.*

“Como eu cheguei aqui!?”

*Olhava na direção de Himura ao ouvi-lo falar, sentindo uma certa aflição.*

- “Situação”? O...O que está acontecendo afinal?
Você demorou muito não foi?!

*Yukio abria um grande sorriso ao ver a pequena confusão que acontecia quando Himura usava o apelido que havia escolhido para Kairu e coçava a cabeça distraído.*

-...Que é isso Himura. Fi z apenas meu trabalho...

*O sorriso do jovem se esvazia logo que ouvia a pergunta de Himura, olhando para a garota com preocupação. Sabia que ela ouviria, não estava tão longe. Ele suspirava levemente, fazendo uma cara meio preocupada para Himura enquanto assentia com um aceno.*

- Sim sim... Mas está tudo bem.
...Todos já estão trabalhando para sanar aquele problema na mina... Não tem por que haver tanta preocupação. São todos bem capazes... Não acha Himura-san?

*O rapaz fazia uma careta para Himura, como se pedisse pra ele tomar cuidado com o que dizia, e indicava Kairu com um olhar exagerado.*

*Ouvia Yukio explicando a situação e ficava meio desconfiada, mas ouvir Himura a chamando daquele jeito era de acabar com qualquer concentração. Suspirava fortemente parecendo irritada, e se levantava do banco olhando na direção dele com os punhos fechados.*

“Mas que cara chato! Que droga!! Vai ficar me chamando assim pra sempre agora!?”

- SIM! E tem comida lá dentro pra você também! Você já jantou?
Ele passou muito tempo preparando, e está muito bom!

*Dizia aquelas palavras com um tom meio duro enquanto dava as costas, acariciando a barriga de seu corujo que voltava a voar. Seguia de volta para dentro do templo novamente, parecendo não querer soar muito gentil com ninguém, ou estar encabulada, ja que não era de elogiar ninguém.*

*Sentiu o deslocamento de vento de Yukio abrindo a porta do templo, apesar de não ter pedido nada. Entrou rapidamente sem dar muita importância ao que ele falava.*

- Ok.

*Saia pela porta do templo de supetão, e fechava a porta atrás de si, parecendo meio ofegante, e respirava fundo se apoiando contra ela e pondo a mão contra o peito.*

"O que está dentro de mim...E que me faz tanto mal...É possível que ele se preocupe mesmo?..."

*Percebeu Yukio por ali, e se aproximou da escadaria, secando algumas lágrimas por baixo da máscara, para tentar falar com a voz menos embargada.*

- Yukio?...Pode me levar na fonte atrás do templo?
Eu...Quero só beber um pouco de água...
Não posso demorar...

- Certo...

"...Punição...só pode ser..."

*Respirava fundo ao sentir o toque do rapaz. Parecia que estava sendo desafiada a aguentar aquele tipo de coisa afinal, mas compreendia o que ele queria dizer e concordava. Segurava em seu pulso como ele pedia e assentia com a cabeça.*

- Tudo bem. É verdade. Obrigada Yukio.
Ok...

*Sua voz ainda estava meio estranha, mas apenas ignorava e seguia, descendo a escada o mais rápido que conseguia. Não queria demorar ali, sabia que estava atrapalhando o treino e perdendo sua chance de treinar. Aquilo a fazia se sentir inútil e fraca, mas precisava resistir e superar, apesar de que imaginar aquele tipo de conversa com eles a deixava com frio na barriga.*

"...Ele quer saber...Como eu vou conseguir falar disso? Eu só queria não lembrar..."