Portões da Vila

Em meio ao país do papel existe uma floresta, de sua extremidade é possível avistar uma imponente formação rochosa que atinge as nuvens em seu ponto mais alto. Dizem que a muito tempo uma força militar se escondia entre clareiras e árvores, mas nenhuma atividade parecia ocorrer ali mais. Os exércitos do pequeno pais do Papel haviam garantido a segurança do país, suas alianças o garantiam segurança, e aquela floresta agora servia apenas de ponto para curiosos.

Um viajante comum poderia passar anos perdido entre as árvores, guiado pelos rios e terrenos acidentados, para em algum momento se encontrar fora da floresta onde havia entrado, por engano ou não. Outros encontrariam a grande montanha Kazery e a temeriam ou tentariam se aventurar em suas escarpas por algum tipo de realização pessoal.

Aqueles com mais determinação, ou que soubessem identificar a forma labiríntica da floresta, porem, poderiam ser presenteados com um lugar diferente. Se algum dia uma rota havia passado pela floresta para indicar o caminho correto o tempo foi generoso em esconder, mas o aroma ainda guiava aqueles que tinham a determinação para alcançar os muros de pedra e casas simples que se escondiam entre a floresta e a montanha.

Apenas na primavera porem esse presente se mostrava, já que no restante do ano a floresta era apenas úmida e hostil. Em seu interior algumas formas de animais selvagens tomaram a região como lar e protegiam seu território. Na primavera, porem, o cheiro os acalmava e garantia uma passagem segura. Pouco antes de uma clareira ampla uma música simples e calma soava para quem se aproximasse e ao chegar na clareira o céu se abria com a visão imperial da montanha Kazery e a frente do viajante um grande muro, já coberto por vinhas e gramíneas, apresentava um portão de madeira quebrado ao meio.

Ali estava Semba Tsuru, origem de clãs esquecidos e ninjas outrora poderosos. O portão rachado mostrava o simbolo da garça, que representava a vila, envolto pelo simbolo dos três clãs que a fundaram.