Sala do conselho de Ookami

Uma sala circular abaixo da sala do Kage da vila. Essa sala tem um raio de 4,5m e 5 portas que levam aos escritórios particulares dos membros do conselho de Ookami.

A sala contem uma mesa retangular com seis cadeiras, as cadeiras da extremidade sendo maiores e indicando posições de importância em relação as demais. O topo da mesa apresenta o mapa das vilas e marcações de posições estratégicas.

Além da mesa de reuniões do concelho a sala apresenta algumas estantes com diversos pergaminhos.

*Logo após ser dispensado do escritório do kage seguia diretamente para a sala do conselho, ocupando uma de suas cadeiras, se conhecia bem o homem que liderava aquela vila sabia que ele iria ter uma conversa assim que pensasse melhor nos assuntos que havia proposto na frente de outros. Uma vez que o tinha lembrado das limitações de seu cargo ele certamente iria ter algo a dizer*
"Um rompimento de aliança por um julgamento de um chunnin, isso é absurdo. Sendo ou não crianças de seu clã estão longe de ser mais importantes do que evitar uma guerra entre as vilas nesse momento"

*Olhava para a porta de onde Kyosho deveria surgir pensando se aquela pessoa realmente pensava nas consequências ou se apenas preferia realmente, como zeno falou, causar uma guerra. Havia vivido suas guerras na juventude e tinha certeza que nenhuma havia valido a pena e as vidas dos clãs que foram ceifados*
- Kyosho-san, creio que sabe que é deselegante fazer um senhor de idade avançada esperar assim. Não sou tão jovem quanto gostaria.

*Lanço mão de um pergaminho, invocando suas taças e uma garrafa a distância das mãos*
- Espero que esteja com sede.

*Entro na sala sorrindo, por mais que Genma falasse sempre o quão velho estava ele ainda era um ninja completamente capaz. Sigo para uma das cadeiras normais, não queria naquele momento fazer parecer que me dirigia a ele como um superior*
- Desculpe a demora, precisava fazer algumas últimas coisas antes de continuar com o dia. Acho que o senhor entende.

*Olho para a garrafa e faço um aceno positivo com a cabeça*
- Está descontente com a situação com Tetsugakure. Eles não são tão ignorantes para não entenderem que nos atacar é declarar guerra. Se isso ocorrer tenho uma estratégia para lidar com Baiken e sua vila, o senhor Zeno está ansioso para isso pelo que vi.

*Sorrio para Genma e balanço a cabeça*
- Desculpa a piada, realmente não sei o que irá acontecer Genma-san, mas como deixei claro. Não considero mais aquela vila como nossa aliada, garanto que Baiken pensa o mesmo. Mas estamos ligados pela aliança que existe e se um dos dois agir de forma agressiva contra a outra vila isso significa que esse quebrou essa aliança.

*Sirvo as duas taças, o liquido tinha o odor forte e agridoce. Olhava para o kage com uma expressão séria enquanto ele fazia sua leitura de mim e agia como o jovem que era a respeito de guerras e desavenças. Aquele homem tinha conseguido unir vários clãs sob sua responsabilidade e isso era um feito, mas a trivialidade como ele falava era preocupante*
- Uma brincadeira fora de hora, uma desavença por pouca coisa. Crê que essas são as atitudes que irão fazer nossa vila atingir seus objetivos, Kyosho-san. Vivi muito tempo para saber que poder demais cega, já tive minha juventude e sei a impulsividade que ela trás, mas uma hora todos pagamos o preço.

*Me ajeitando na cadeira macia, relembrava das épocas que havia passado a muito tempo e também os eventos de pouco tempo que dariam origem a uma vida mais ordeira*
- Você arriscou nossa posição ao seguir para aquela vila, não conseguiu aquilo que queria e ainda tornou a relação entre duas vilas aliadas uma possível rixa. Lembro como eram no passado, clãs batalhando por prestigio, serviços e sobrevivência. Conseguimos paz e custo a aceitar que ela seja desfeita pelos desejos de um homem.

*Estico para Kyosho o bilhete que havia guardado desde a visita de Kuroi*
- Mas, parece que seu inimigo engole mais o orgulho do que o senhor Morikage-sama. Aqui está uma bela carta de sua antiga aliada, pelas suas palavras, uma carta lhe pedindo assistência. Assistência que era sua missão indo sozinho até Tetsu, dispensando seus conselheiros e guarda pessoal.

*Levanto as sobrancelhas em um arco*
- Seu amigo vale isso tudo?

*Tomo uma das taças e sinto o cheiro forte, o velho tinha um gosto para bebida que impressionava. As palavras do ancião eram tão ásperas quanto sua aparência e tão fortes quanto o cheiro da bebida, enquanto demonstrava calma expressava descontentamento*
- Posso imaginar que me ache louco Genma-san. Que fiz o que fiz apenas por algum tipo de birra ou descontentamento com o tratamento de um dos membros de meu clã. Não poderia estar mais errado, para mim pouco importa o que Baiken definiria sobre o caso que ela pediu que eu acompanhasse. Mas tratar isso como prioridade, quando tem a sua porta uma decisão importante e a ignora... Isso é no mínimo desrespeito.

*Leio a carta que ele havia me entregue e jogo com desprezo na mesa*
- Ela pode buscar quem ela quiser, da forma que ela quiser. Ela aceitou Vincent como seu subordinado, deveria observar suas ações e estar preparada para o que ele fosse fazer. Assassinos e espiões, definem bem uma parte de nossos trabalhos, ele é procurado por isso, mas não por mim. Seus crimes contra meu clã o levaram ao exílio e ao meu clã se juntar a essa vila, não me cabe mais ser seu algoz, já o enfrentei outras vezes e o enfrentarei a quantidade de vezes que ele tentar me desafiar. Se conseguir eliminar ele para sempre, bem, senão me contento com ele fugindo com seu rabo entre as pernas... Se Baiken conseguir por um ponto final nele, que seja.

*Arrasto a cadeira a minha frente com rispidez, lembrar de Tetsu me dava raiva. Um desperdício*
- Claro, deveria avisar a ela que perseguir aqueles que dominaram a técnica de invocação reversa não é uma coisa fácil. Aquele lá se esconde onde montou sua base e irá usar aquele lugar para se reagrupar sempre que se sentir ameaçado, obviamente foi isso que fez. Tatsuma por outro lado.... O senhor não quer ouvir isso... Ele tem uma missão com o clã dele que é mais importante do que as brincadeiras de casinha da Tetsukage, que retirou dele a capacidade de usar chakra.

*Aperto pontos de pressão na testa enquanto coloco o copo gelado na cabeça para a esfriar*
- Inutilizado, ela deve estar de brincadeira, paralisei um de seus braços, ela selou todo seu chakra. Malditos usuários de fuinjutsu. Ela poderia ter selado apenas seus jutsus, não precisava selar seu chakra e ele seria tão efetivo quanto ela quisesse, menos ainda o mandar para uma maldita cabana, ao invés de colocar ele onde ele deveria estar.

*Lanço um olhar para Genma de quem não desejava mais que aquele assunto prosseguisse*
- Uma fuga misteriosa, tsc, qualquer um habituado à invocações como os Kyoukes deveria ser capaz de fazer aquilo. Ele só precisava de um guia. Baiken acredita que seus selamentos são milagrosos, não são. Chega desse assunto.

*Tomo um gole do líquido, como se aquilo pudesse de alguma forma restabelecer o pensamento que tinha antes*
- Edson é um antigo companheiro, Genma-san, ele está mudado e mesmo assim ainda tem razão em seus pontos. Veja bem, o chakra dos Kynimamotos é especial e perigoso. Tão perigoso que fez uma garotinha meiga dar trabalho para um ninja que está em par comigo. Recuperar Miyume é importante, se é isso que está perguntando, perder o apoio de Tetsu era um preço a se pagar para que essa garota não se torne uma arma.

*Olho a carta*
- Agora talvez nem tanto. Baiken ainda pode se provar mais útil do que aparentava, aquela maldita arrogante.

*Como se tomado por outra pessoa, olho com o olhar faminto de um predador para Genma*
- O que seus anos de experiência dizem sobre pessoas sedentas por poder encontrando uma fonte pura do mesmo? O que me diz sobre homens ambiciosos ficando perto de seus objetivos sem serem vigiados?

*Desvio o olhar para um mapa, fixava um ponto que seria o pais do papel*
- Edson realmente está mudado, fala de seus alunos como se fossem posse e age de forma misteriosa. Essas nunca foram características dele, mas ele tem um ponto não é mesmo? Ele viu sua vila "morrer", isso pode mexer com um homem como ele. Mas me diga Genma-san...

*Voltava a olhar o velho, o olhar risonho e despreocupado*
- Não acredita mesmo que eu esteja confiando nele. Acredita? Ou acredita que eu jogaria fora uma aliança por um chunnin sendo punido por suas irresponsabilidades? Baiken demonstrou não ter o pulso que seu antecessor possuía naquela vila, aceitou além da conta a insubordinação de seus ninjas, como deveria confiar que ela teria alguma capacidade de lidar com o que eu levava até ela?

*Ouvia a todo o discurso do Kage com atenção, queria entender aquele jovem por quem alguns tinham admiração e outros desprezo. Tomava a bebida em conjunto com o kage, me mexia pouco na cadeira depois de ter meus ossos bem colocados no acento acolchoado e esperava, deixava que toda a conversa se tornasse um pequeno monólogo e analisava. Até ter enfim o momento de falar*
- Kyosho-san. Pela sua fala sua rixa com a Tetsukage é simplesmente uma questão de priorização, se sentiu ofendido por ter que esperar... Sinto, não é o suficiente para entrar em conflito... A jovem Baiken não sabe do que você sabe, assim espero, enquanto atua sobre o que vê. Mas! Está me dizendo que deliberadamente libertou um prisioneiro de Tetsugakure, desrespeitando a autoridade da Kage que o senhor diz que deveria se dar ao respeito. Isso é incoerente meu jovem senhor de guerras.

*Tomo o restante do liquido de minha taça em um gole e volto sorrindo para o kage*
- Se tivesse sido paciente provavelmente, tomaria conhecimento do que tomou agora. Talvez também priorizaria que seu doce pupilo fosse rastreado por Tatsuma e talvez Baiken o liberasse como essa sendo sua punição. Mas, posso estar sendo um tolo, o senhor e Baiken-san demonstram em suas escritas e falas um temperamento fervente. Hohoho.

*Coloco a taça na mesa e olho para ela triste*
- Infelizmente isso irá enfraquecer nossa aliança e gerar animosidade, não posso dizer que ela sequer será mantida se a informação de sua interferência com o jovem Tatsuma for descoberta, tenho certeza que depois de todo o ocorrido com seu clã a jovem kage irá se preocupar além da conta pelo que o senhor fala ou faz. Kuroi-san, teve sorte em não encontrá-lo nessa vila, o senhor teria simplesmente despachado o pobre homem que tenta salvar sua mestra enquanto entrega ao senhor a ferramenta para alcançar seu objetivo. Mas temos outro aliado para nos preocupar, não é?

*Fixo a taça vazia*
- Seu amigo, está, "mudado". Exige guerra contra duas vilas ninjas, fala de suas pupilas como posse dele e se mostra mais ambíguo do que o senhor quando se retira tão preocupado com sua aluna. Um mistério esse homem, não?

*Encho novamente a taça*
- Não sei os detalhes, mas, ele já foi até Tetsu buscando algo, agora deseja guerra contra eles, apenas por eles terem sido atacados e em seu momento mais fraco perdido seu "pertence". Ele quer guerra contra Raion, por que o líder deles deseja a garota para si. Algo a mais está acontecendo atrás daquela máscara. Faz bem em desconfiar dele, mas o seguir pode significar um caminho perigoso. Abra seu olho perto de seu "amigo" Kyosho-san, ele deseja demais essas garotas para si.

*Novamente a taça é esvaziada em um gole longo e demorado para que o Kage pudesse pensar no que era dito e, talvez, colocar algo que lhe agradasse falar... Jovens não gostam de serem interrompidos, mas tem o hábito de interromper sempre*
- A linhagem da jovem desaparecida parece ser perigosa, um poder que provavelmente a consome se é tão profano. Como conselheiro dessa vila aceito que ela se envolva em seu resgate, mas desaprovo o Meruro que veio até o senhor pedir isso.

*Assumo um tom sério com Kyosho*
- Irei, como o senhor pediu, afirmar a aliança com Tetsu e para isso preciso de duas coisas Kage-sama. Primeiro, que Ookami entenda que não poderá entrar em guerra com Tetsu por essa garota, como o Meruro pediu, não importa o que aconteça no campo de batalha. Segundo, a localização de Tatsuma, não permitirei que essa aliança seja desfeita por causa de um chunnin.

*Sorrio com calma enquanto encaro o kage*
- E peço que pense nessas palavras Kyosho-san. Um Homem que busca poder é como um cão correndo atrás de uma carroça, tão afoito que quando consegue alcançar não sabe o que fazer com ela. Um homem ambicioso irá alcançar seu objetivo e achar que ainda precisa de mais, irá largar seu antigo objeto de desejo para buscar algo além. Um homem devoto irá buscar com o afinco de um psicopata aquilo ao que é devoto, irá idolatrar, proteger e prender junto a si sua devoção. Qual desses é melhor? Qual desses é pior?

*Bebo enquanto o velho falava, odiava ser tratado como alguém muito jovem. Na verdade começava a perceber que não gostava de velho, ele era sábio mas tinha uma forma de falar que irritava. Aproveito sua pausa para beber e botar alguns pontos do que ele já tinha falado*
- Baiken fez um show para "julgar" um jovem como se isso fosse a coisa mais importante do mundo. Mais uma lição do que um julgamento. Patético, inútil,  sem sentido. Ela simplesmente estava brincando na minha frente, foi falta de respeito. Edson é problema meu, irei lidar com ele dá forma que for necessária, já deixei isso claro, ele não manda em nada aqui.

*Volto a ouvir o velho. A vontade de deixar aquele velho falando sozinho aumentava a cada palavra de análise, a raiva ficava ainda maior quando o mesmo passava a fazer exigências para cumprir suas funções. Odiava aquele velho como a muito não odiava alguém*
- Genma Kuroboshi, está pisando em um terreno muito delicado ao falar assim comigo. Infelizmente, tem razão no que diz, não posso jogar fora o que Baiken tem a oferecer por dois garotos que já deveriam saber se cuidar sozinhos.

*Bato com as duas mãos na mesa, a fazendo tremer e me levanto*
- Ookami não atacará tetsu, mas não poderei garantir nada se eles nos atacarem. Pode assegurar isso a baiken, Ookami não irá agir contra ela, a menos que eles violem nossa aliança. Raion não está nessa aliança e é provável que eles decidam lutar contra nós, deixe isso claro a ela, não pretendo deixar Miyume nas mãos de um Psicopata, seja ele quem for.

*Começo a me afastar*
- Diga a ela, que mande seus homens ao Monte Mibu, eles tem minha autorização para entrar no lugar. Minha condição é que Henzo seja devolvido a Ookami, não importa sua vontade. Ela pode fazer o que desejar com Tatsuma.

*Me aproximo da porta e paro*
- O senhor não falou de Vincent, posso assumir que já tenha deduzido o que ele mais deseja, não é? Expulso ou não, ele é um Kyouke e age como um Kyouke. Se ele alcançar os dois antes de Tetsu, aqueles dois estão apenas por eles mesmos, esse é o modo dos Kyoukes, eles devem aprender a sobreviver a isso. Leve quem desejar em sua missão.

*Saio*

*Definitivamente havia atingido algum ponto fraco naquele homem que sempre se mostrava tão cheio de confiança e firmeza. As garantia do Kage dificilmente seriam quebradas, mas sua raiva agora poderia ser incontrolável se provocado ainda mais*
- Não pretendo me manter nesse terreno Kage-sama. Desculpe minha sinceridade e rudeza, hábitos adquiridos com a idade.

*Por um instante pensava que o Kyouke pudesse pensar em concluir sua ameaça ao se levantar, por sorte parece que tinha mais controle sobre si do que aparentava*
- Agradeço que o senhor tenha concordado em me dar as ferramentas necessárias para reaver nosso aliado. Tenho certeza que com isso Ookami prosperará, o senhor demonstrou grande senso em sua decisão, informarei a tetsukage de seus termos e informarei a posição dos jovens.

*Sabia que o kage estava tendo sua luta interna com aquela conversa, pela expressão do jovem, pela forma como levantava e agia. Me levantava e dirigia para a porta a qual dava acesso ao meu próprio escritório, quando sentia Kyosho parando em sua saída*
- Hai, Kyosho-sama.

*Abro a porta e sumo na sala*

*Era magnifico de se ver tal estrutura de uma arvore antiga transformada em uma edificação e sede do poder de Ookami. O senhor guiava a mulher pelos corredores, onde a mesma podia observar alguns funcionarios fazendo seus afazeres diarios, nada fora do habitual de cada administração de vila. Ao ouvir o comentário de Genma a garota em sua voz demonstrou estar envergonhada*

-Com todo respeito Genma-Sama, eu não faço ideia de quem seja essa lider do país do ferro e muito menos sobre as condições da mesma. *Suspira de leve* -Perdoe-me pela falta de informação referente a isso, eu apenas estou aqui por causa de um pedido e de um caso importante. *A Kage encaminha-se para um dos assentos e se senta observando a sala ao redor enquanto o diplomata deixa o local.Se esticou na cadeira olhando para o teto e aproveitando aquela breve brisa que parecia tocar-lhe a pele*

"Como será que estão as coisas por lá?"

*Uma das portas laterais se abre lentamente enquanto entro na sala e olho para a Kage de Hisame, não conhecia a menina e só a julgando pela aparência não saberia dizer o quão perigosa ela era. Percebo que o clima do local está diferente do habitual, mas só vou até uma das cadeiras e a puxo fazendo uma mensura para a convidada*
- Kage-san, acredito que não fomos apresentados. Kyouke Kyosho, Morikage.

*Apesar do ambiente está fresco, ainda sim aquela temperatura incomodava um pouco a mulher de Hisame. Ao ouvir uma das portas laterais se abrindo fez com que se recompor-se na cadeira. Seus olhos fitaram o homem de cabelos brancos que adentrava a sala. Já ouvi falado do tal kage de Ookami, mas nunca teve a oportunidade de conhece-lo. Se levantou e com um movimento da cabeça o cumprimentou*

-Não mesmo, Kyosho-Sama. Esdeath. *Se sentou novamente* -Excelente funcionário o senhor Genma, ainda mais pela idade. Obviamente não o julgando pela idade, mas comparando pelo os que eu conheco.

*A mulher tornou a colocar uma da mãos no queixo e olhar para cima enquanto falava, parecia pensativa ao comparar Genma com os seus conselheiros*

*Sento na cadeira enquanto encarava a Kage, seu elogio à Genma não me faziam sentido... O velho mais me dava dor de cabeça do que me fazia feliz... reparava em suas roupas e expressões a analisando enquanto seguia*
- É um prazer, Esdeath-sama. Genma ficaria feliz em ouvir isso, mas devo dizer que sua impressão é por falta de convivência. Afinal, nossos conselheiros nem sempre dão conselhos que desejamos ouvir.

*O jovem Gennin que estava como servente serve um suco com pedras de gelo para ambos enquanto falávamos. Deixo a bebida onde estava. E como era de se esperar entro de vez nos assuntos*
- Tetsu a convidou a minha mesa, mas Tetsu não me informou de sua vinda. Deve entender que isso levanta muitas perguntas e a que mais me importa nesse momento é. Esdeath-sama, conhece o nome Lokotsuki?

*O comentário sobre o diplomata a fez rir levemente, fazendo-a levar a mão na boca. Um tanto sem graça pela sua reação, afinal o diplomata tinha passado uma impressão totalmente diferente. Seus olhos tornaram a voltar para o rapaz que servia as bebidas geladas e notou que o senhor de Ookami exitou em falar qualquer coisa em sua presença. Uma de suas mãos se direcionou até o copo quando Kyosho entrava direto ao ponto. Seus dedos tocavam o copo gelado com a bebida fresca *

-Esse é um dos pontos que eu realmente não entendo Kyosho-Sama. O motivo de ter sido chamada aqui em uma reunião com todos os kages das vilas. *Levou o copo a boca, mas ouvir sobre o grupo parou instântaniamente e deixou mais uma vez o copo na mesa. Sua expressão se tornou seria*



-Pelo que eu ouvi é um grupo que anda causando desordem em outras vilas e quem mais sofreu com isso até o momento foi a vila do ferro, correto?Houve um ataque lá não?

*Não podia deixar de notar as reações da Kage, parecia que ela era uma moça sincera que tentava manter sua compostura. Sua dúvida parecia ser a mesma que a minha, o que Baiken queria com tudo aquilo... Ainda mais as ações já sendo tomadas, será que Kakashi iria nos causar outro problema e dessa vez havia agito de forma precipitada ao aceitar as condições dele e Edson?*
- Não posso dizer que sei o que passa na cabeça dos líderes de Tetsu, nem que minha aliança com eles esteja tão forte quanto antigamente. Existe uma chance de termos tido apenas um desencontro e eles não terem feito o melhor dos caminhos até chegar aqui....O que não faz sentido, já que sou seu vizinho mais próximo.

*Uma resposta vazia. Não esperava que ela simplesmente tivesse todas as respostas sobre o grupo, mas esperava mais após sua expressão ter se transformado tanto*
- Este grupo já tem um longo histórico, mas o mais recente realmente foi em Tetsu. Pelo menos dois membros deste grupo se infiltraram na vila e fizeram um ataque após se consolidarem junto à elite da vila. Soube que obtiveram ao menos um êxito em seu ataque e tomaram posse de alguém perigoso.

*Pegava então o refresco e bebia um pouco*
- Nossos últimos relatos de inteligência apontam que seu destino foi o norte.

*Suspirou de leve e mais uma vez levou o copo até seus labios, deixando a bebida ser despejada garganta abaixo, o gelo estralava e batia contra o vidro do recipiente*

-Me desculpe, eu nem espero que você saiba de tais informações. E muito menos sabia sobre alianças enfraquecidas. Meu país esteve fechado por um tempo, por problemas internos e desde então o Norte não teve tanto contato com o continente.

*A mulher revelava algumas informações sobre o Norte e o porque da ausência da mesma. Colocou o copo na mesa e voltou a olhar para o homem de cabelos brancos*

-Sim, os relatos foram de um ataque. Mas você sabe o quanto funciona a informação passada pelas pessoas. *Seu dedo passava pela borda do copo* -Trágico para Tetsu, mas interessante ao ponto de vista de quem está de fora. Afinal, não é qualquer pessoa que ataque uma vila inteira e sai vivo.

*Os olhos da garota se cerra por um tempo, prestando atenção no último comentário*

-Perigoso??? Até que ponto isso seria prejudicial para o meu povo Kyosho-Sama?Norte? *A mulher se surpreende com a direção apontada*

-E porque iriam para as terras gélidas da ilha do norte?

*Terminava a bebida rapidamente enquanto ouvia a jovem. Tinha a impressão que poderia aproveitar a forma casual como ela relatava suas informações. Uma país fechado e de pouco contato, uma potência militar desconhecida e um terreno difícil. Seja o que ela tivesse a nos informar era vital para o que vinha acontecendo ali, além de pode dizer se teria um novo inimigo a minha frente que era difícil de ler*
- Não se preocupe com as suposições sobre os atos de Tetsu. Se eu estiver correto, eles foram incompetentes em sua organização e isso nos trouxe a uma boa oportunidade de conversa que teria demorado mais tempo.

*Fazia sinal para que o rapaz servisse a kage*
- O país da floresta não estava em uma situação muito diferente até algum tempo atrás. Na verdade minha liderança na vila é recente após diversas tentativas de unificação dos clãs, então posso entender o que passaram.

*Me inclinava colocando os braços na mesa e apoiando o queixo nas mãos*
- Eles foram cuidadosos e sempre foram bons em fugir, normalmente usam táticas de guerrilha bem úteis e evitam ir até as últimas consequências durante suas lutas. Diria que são especialistas nisso pelos contatos que já tive com eles. Também são bons em esconder suas ligações, tanto que desconhecemos uma cadeia de liderança ou mesmo a identidade de seus membros.

*Deixava os olhos apontados para a kage, eles pareciam se encher de tristeza ao lembrar de algo*
- A importância dessa pessoa é o perigo e não ela em si. Disputada pela inativa Semba Tsuru e Tetsu, além de cobiçada por Raion, só posso dizer que essa pessoa é uma peça chave e agora se encontra em mãos perigosas. Acredito que suas informações já demonstrem o motivo de terem ido ao norte.

*Me reclino novamente na cadeira*
- Em suas palavras. Um país fechado, passando por problemas internos, e sem contatos com o continente. Este parece ser o alvo preferido deles.

*Ela assentiu o primeiro comentário em relação aquele dialogo que ambos estava tendo, se não fosse por Tetsu. Esdeath nunca estaria de frente para o kage de Ookami. As informações sobre a situação da vila e do atual kage batia com o pouco conhecimento que ela tinha, mas aquilo não preocupava a mulher do norte. Os comentários sobre o tal grupo por outro lado sim e ao mesmo tempo acabavam deixando-a curiosa. O garoto despejava o liquido novamente no copo enquanto o gelo fazia o seu trabalho*

-Mas se eles invadiram Tetsu e você tem um certo conhecimento sobre estes membros, deve saber algo. A tática de guerrilha é usado por oponentes que estão em menor número e utilizam a surpresa como vantagem estratégica. Ou seja, quem é o líder dessa organização não nenhum pouco tolo.

*Os dedos da garota passavam pelo "suor" do copo fazendo pequenos movimentos para cima e para baixo. Se fosse outra pessoa diria que talvez a garota estivesse ignorando o kage de ookami com seu segundo comentário, porém a mulher analisava as informações que o mesmo passava*




-Ora Kyosho-Sama, a última vez que soube algo de Semba foi há muito tempo atrás e o povo de lá não fazia questão de arrumar encreca por outros paises. Mas não posso dizer o mesmo de Raion...*Mordeu os labios docemente como se estivesse lembrando de algo* -Devo me assegurar que sempre foram periogosos e Tetsu não me deu problema. *Pegou o copo com a mão e depois olhava para o Gennin que a serviu a pouco tempo. *

-Você confia demais nesse garoto. *Voltou a olhar para o Kyoke*

-Agora me diga, você irá me revelar a fonte do perigo ou irá continuar se esquivando e me contando apenas coisas superficiais?

*E por fim o homem comenta sobre o alvo preferido, ela coloca o copo novamente na mesa. Se inclina na cadeira, da mesma maneira que o Kyosho fez alguns segundos atrás*

-O que tinha que ser resolvido, foi resolvido. No atual momento o país e as fronteiras estão fechadas com a minha saída.

*O que talvez o kage de ookami não soubesse era que viajar pelo país do gelo era um risco, poucas pessoas sabiam seus caminhos e rotas. Muitos acabavam se perdendo e acabando morrendo por causa de animais selvagens ou pelo próprio clima rigoroso*

*Percebia a kage distante em seus pensamentos altos, não podia deixar de notar que ela parava a cada momento para analisar o que ouvia*
- Definitivamente eles são espertos, espertos o suficiente para se manterem ocultos por todo esse tempo e esperar o momento certo de agir. Também são habilidosos, se não fossem não teriam dado problema para duas vilas.

*Chamava atenção ela conhecer um pouco Semba e mais ainda sua expressão ao falar de Raion*
- As vilas envolvidas tem ligação direta com a pessoa. Originária de Semba, protegida por Tetsu e cobiçada por Raion.

*Sorria para o garoto como um predador olhando uma presa quando a garota de cabelos azuis o cita antes de questionar minha esquiva em revelar mais sobre Miyume. O garoto fica branco quando percebe que ambos os kages prestavam atenção nele, além de pedir um refresco*
- Por que eu não confiaria em um dos meus? Ele é um bom garoto, está nos servindo bem. Quanto a dar voltas, bem, sendo direto, não posso compartilhar as informações que tenho nesse momento sem que isso revele segredo de duas aliadas e um vizinho que pode desejar dar o troco. Pelo menos não ainda, não sem saber mais sobre o motivo dessa suposta organização terrorista se arriscar em um país tão misterioso.

*Ouvia atentamente sua explicação de que seus país havia resolvidos seus problemas internos e que agora se encontrava fechado apenas devido a líder militar dele estar ausente e isso me fazia manter o sorriso predatório sem perceber*
- Hmm... Sinto então que meus colegas de continente podem ter uma surpresa em breve. Pelo menos se eles continuarem a perseguir essa organização.

*As palavras do envolvimento da tal pessoa perigosa ter saído de Semba, protegida por Tetsu e cobiçado por Raion faz com que a mulher arqueie sua sobrancelha e questione*

-Tal poder não cobiçaria também Ookami? Esse seria o real motivo de você não dividir essa informação previamente comigo. Faz sentido, não o julgo.



*Seu olhar para o gennin era vazio e sem sentimentos*

-Espiões estão em todos os lugares, eu não me importaria de matar um lentamente... *Esperava o mesmo terminar*

-Se estava tão curioso ao ponto de saber sobre meu povo por que não mandaste um diplomata?Ookami e Raion são duas vilas mais proximas, apesar de eu não gstar do povo dessa segunda vila.

-Seus colegas do continente? Se não querés me dizer sobre o poder oculto então me digás sobre o que sabe sobre os membros terroristas.

*Suspiro de leve enquanto pegou mais uma vez o copo. *

"Será que essa tal de reunião irá demorar ainda para acontecer?"

*Seguia sorrindo com os argumentos da jovem*
- Ookami já tem poder, alguns já difíceis de serem controlados. Seguir na mesma direção que Semba ou Raion seria simplesmente um erro e fazer o que Tetsu se dispõe é mais arriscado ainda. No final só vislumbro uma guerra, prefiro evitar ela ao invés de a iniciar.

*Fazia um sinal para que o jovem gennin se retirasse, seu propósito era apenas servir e já podia perceber que não havia sido uma boa ideia. Seguia olhando analítico para a garota, sorrindo*
- Embora acredite que Genma não se importaria com o frio, ainda não tínhamos informações suficientes sobre Hisame para identificar o que oferecer e o que pedir. Seu período de isolamento e nosso período de disputas não me ajudaram a tomar esse passo mais cedo. Tudo se acelerou quando recebi as notícias mais recentes.

*Fechava os olhos por um momento revendo algumas memórias*
- Eles. Bom, é uma longa história. Mas seus membros já foram diversos, mercenários, assassinos, loucos ou gênios. Meu primeiro contato com eles ainda era quando servia a Semba. Fortes oponentes. Sua última aparição contou com pelo menos dois, como lhe falei, um com uma afinidade singular com o gelo e animais e outra capaz de fugir de uma floresta que a caçava. Não posso dizer que conheço bem essa ameaça, mas são capazes e não estão sozinhos.

*A revelação que Ookami tinha poderes que nem eles controlavam era um tanto perigoso. Primeiro esse poder oculto que todos estavam atrás e agora mais essa?Ou seria que o líder de ookami estaria apenas blefando? Na melhor das hipótese era melhor acreditar até que se provasse o contrário.*

-A guerra nunca é boa para ninguém. Por sua linha de visão Tetsu parecer se arriscar de mais. *O homem dispensa o garoto e começa a falar sobre o seu diplomata. *

-Ora não é tão frio lá. *fala ironicamente sobre disponibilidade do velho em ir até Hisame. Abre um sorriso de canto.*

-Acredito que possamos conversar sobre nossos interesses futuramente e beneficiar ambos.

*Ouvi atentamente a explicação dos invasores. Sua expressão mudava para um tom mais serio. Seu indicador da mão direito rodeada a borda do copo, ao final da fala ela olhou atentamente para Kyosho*

-Entendo. É um bom motivo para você desconfiar da minha vila já que o poder desse individuo está conectado ao meu país. Duvido muito que não tenhas feito essa conexão Kyosho-sama e aparentemente essa nossa conversa esteja sendo um teste...

*Tornou a olhar para o lado sem mudar a expressão. Ao que aparentava aquela conversa chegou ao ponto mais séria.*

"Habilidade com gelo, com certeza é ele..."

*Mordeu um dos lábios com um pouco mais de força, uma pequena ferida se abriu um leve traço de sangue deslizou lentamente pela pele branca da mulher. Que não sentiu a ardência daquela dor.*

*Tinha um ar de reprovação ao falar de Tetsu*
- Tetsu tende a não medir os pesos das coisas que dá importância. Mas no caso dessa pessoa eles tem razão em se envolver, mas envolve mais riscos do que o necessário por razões sem nexo... Sinceramente não sei se poderemos evitar uma guerra se o curso tomado for seguido.

*Me arrumo na cadeira, me atentando a Kage, seus movimentos, expressões, batimentos cardíacos, respiração e pequenas mudanças aqui e ela. A conversa tinha dado tempo de começar a entender esses pequenos sinais*
- Não irei a enganar, existe uma forte suspeita em torno de seus país nessa questão. As habilidades de Sabaru Sasaki, seu refúgio em suas terras e principalmente sua aparição exatamente quando outros fazem o movimento exatamente ao contrário.

*Olho sério para uma porta*
- Principalmente se Tetsu a fez sair de seu país para uma reunião que foi combinada apenas com você. Tudo isso me cheira mal.

*Ao notar que o liquido quente escorreu pelo seus labios deslizando lentamente até seu queixo limpou rapidamente, voltou a mão até o copo e bebeu um gole da bebida que ainda estava gelada. O suco desceu pela sua garganta mais uma vez enquanto segurava o copo e ouvia o lider de ookami falando de uma guerra iminente. O assunto mudou e finalmente ele chegou na resposta da pergunta que ela queria, sobre a suspeita. Até que Kyosho menciona Subaru. *

"Subaru..."

*Seus dedos pressionam o copo de vidro com tanta força que o mesmo acaba em pedaços,derrubando o suco e as pedras de gelo ao chão. Alguns estilhaços adentram em sua pele fazendo pequenos cortes.A mulher tinha um olhar serio e uma expressão com raiva*




-Não ouse me associar há uma escória como aquela. Se realmente o nosso problema é Subaru e ele está por trás disso tudo. Eu mesma quero ter a oportunidade de mata-lo e arrancar a sua cabeça.

*Em toda conversa era a primeira vez que a mulher demonstravam uma mudança tão radical de humor, a raiva e o desprezo eram notados em sua linguagem corporal. As outras coisas que Kyosho falava sobre suas suspeitas pouco importou para a mulher do norte que tirava os esilhaços de vidro do seus dedos.*

-Hm...Como eu lhe disse antes eu pouco sei sobre o motivo de Tetsu me querer aqui*Seus olhos azuis demonstravam raiva e por mais que tentava controlar aquele sentimento, dificilmente iria enganar alguém* -Eu realmente preciso saber mais o que esse desgraçado fez. Até que ponto sua fonte de informações sobre Subaru estar em minhas terras é verdade?

"Se ele realmente estiver por lá, as coisas são mais serias do que eu imaginava."

*Não poderia segurar o sorriso de satisfação ao ver a reação da Kage. Todo seu corpo falava a verdade, seus olhos, coração, músculos e reações, muito mais do que suas palavras seu corpo me dizia o quanto ela tinha desprezo e furia referente a presença de Subaru em Hisame*
- Desculpe.

*Me levantava e buscava um novo copo com gelo e apenas água para a jovem de cabelos azuis*
- Era necessário saber seu envolvimento com essa organização. Já tenho as provas necessárias de que eles são invasores em seu país, ao contrário do que poderíamos saber pelas conexões dele e seu refúgio.

*Deixo também um lenço para que ela pudesse limpar a ferida que fez e voltava para minha cadeira*
- Deve entender que precisamos estar alertas sobre esses tipos de coisa. Tetsu foi vulnerável, ao ponto de aceitar um oficial inimigo de Ookami e um, pelo visto, inimigo de Hisame.

*olhava fundo nos olhos de Esdeath*
- Tetsu deveria querer você longe enquanto eles e Raion invadem seu país para caçar essa organização. Claro, se eu estiver bem informado.