ŦŦ_Sala dos Kages_ŦŦ

Relembrando a primeira mensagem :

A Sala dos Kages se encontra a extremo Sul do portão de entrada de Testugakure no Sato, na margem sul do rio Kigan, logo após o Dojo Nenriki e o Hospital Fukkyūkai.

Externamente a Sala dos Kages parece um imponente templo, com uma curta escada que leva à sua varanda e uma grande porta dupla de madeira maciça que da acesso ao interior. É cercada por plantas ornamentais e possui algumas árvores de porte nas proximidades de sua entrada, como cerejeiras, bordos e outras.

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Internamente a sala surpreende um pouco por seu teto curvo, que ocasiona eco até aos menores ruídos proferidos no local, e sua grande extensão. O material de revestimento predominante é a madeira, na qual é possível se espelhar e perceber as diversas tonalidades utilizadas, variando do mais claro ao mais escuro marrom avermelhado.

No total a Sala dos Kages possui quatro janelas e toda sua extensão é livre de móveis, apresentando portanto o pátio vazio. Ao fundo, há um patamar mais alto com duas escadas de acesso, onde fica a grande mesa dos kages.

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*Ao terminar de ouvir todas as acusações que caiam sobre mim e ser questionado sobre algum ponto que desejava me pronunciar. Olho para Kyosho e ponho a mão na linha que me ligava a ele, entendia a mensagem que aquilo significava e devido a isso respiro fundo antes de começar a falar qualquer coisa. Olho para o pequeno lobo que havia surgido e o posicionamento dos dois Kages, parecia que ambos não confiavam um no outro e se preparavam para algum tipo de embate ali*
- Se posso finalmente ser ouvido espero que minhas palavras ao menos sejam levadas em consideração. Conforme dito fui procurado para atender um chamado de Kairu para ajudar sua prima, Mayli Shinsora, que estava em combate com um Kage. O mesmo kage que já havia causado transtorno no centro da vila e sido deixado livre para continuar com seus atos na vila. No momento que Kairu havia me encontrado havia acabado de realizar um jutsu para controlar Henzo Kyouke, que estava em uma crise quando o levei para o bosque.

*Olho fixo para Kyosho*
- Em sua condição ele estava a ponto de liberar um estado dos Kyoukes que resultaria em um desastre e acabaria com o corpo do mesmo. O jutsu utilizado me colocou no meio do caos que é a cabeça desse garoto, tive que ajudar a controlar as personalidades dele e fazê-lo não ser um perigo para si mesmo e a vila. Henzo está a alguns passos de liberar o terceiro estágio de nossa kekkei genkai, o que garante grande poder, mas destroi sua mente a substituindo por uma personalidade animalesca. Pude presenciar o quão destrutiva essa personalidade pode ser e garanto que a instabilidade já apresentada pelo mesmo é fruto de suas personalidades estarem em desordem devido a fatores externos e um trauma que está ligado a Miyume Kinimamoto e Mayli Shinsora.

*Faço uma pausa e agora olhava para Baiken*
- Mesmo precisando garantir que Henzo fosse para um local calmo e seguro não pude deixar de auxiliar Mayli. Uma luta contra um Kage apenas resultaria em sua morte ou algo pior. Se ela estava atacando de forma descontrolada um Kage não poderia ter sido deixada sozinha e deveria ter sido contida. Diante do desespero de Kairu sobre esse assunto deixei ela a cargo de levar Henzo para um local seguro, desconhecia qualquer trauma de alturas do gennin e menos ainda poderia dizer que o mesmo iria acordar em pleno voo. Tão pouco poderia saber que Kairu ao ver uma pessoa descontrolada em pleno voo iria insistir em seguir com o voo ao invés de pousar e tentar seguir a pé ou acalmar a pessoa resgatada. Um ninja deve saber realizar um resgate e entender o quão perigoso é uma vitima descontrolada.

*Encaro agora Kuroi, olho diretamente em seus olhos*
- O que me foi relatado por ambos do episódio é que Henzo acordou em meio ao voo e começou a se debater e mandar a ave descer. Kairu o respondeu com agressividade e em seu desespero Henzo tentou manipular a ave para que ela pousasse... O que foi entendido por Kairu como se Todaru, a ave, tivesse apagado... Nesse momento Kairu lançou Henzo para fora da ave, acabando com o contato necessário para o jutsu funcionar e fazendo com que o efeito colateral do Jutsu ocorresse em pleno voo, causando a queda dos três. Você Kuroi, foi testemunha da queda e poderia relatar o que realmente aconteceu após ter salvo os dois. Kairu e Henzo começaram a trocar insultos que viraram ameaças, Kairu admitiu não ter deixado Henzo morrer apenas devido a um medo de represálias e Henzo por sua vez prometeu matar ela e sua ave na menor aproximação. Após esse ocorrido fui intervir com ambos, pois a ordem de levar Henzo havia sido minha e Henzo era minha responsabilidade.

*Volto a olhar para Baiken*
- Mas a kage-sama disse de forma clara e de forma precisa tudo aquilo que fiz. O descontrole de Kairu é mais do que o suficiente para que minhas ações sejam consideradas criminosas, não disciplinares e premeditadas. Me considero culpado por cada um desses atos e também por torturar e atentar contra a vida de outro Gennin, Henzo Kyouke, que foi encurralado nas termas na mesma noite que agredi Kairu.

*Hitsuu começava a andar em minha direção, se transformando em um jovem de pouco mais do que 12 anos ao chega do meu lado. Acompanho os relatos de Baiken e de Tatsuma. Não gostava do tom do chunnin e menos ainda sua constante intenção de se provar correto, tentando transferir sua culpa para outros fatores*
- Sinto que se convenceu de seus argumentos, mas continua tentando ocultar exatamente aquilo do qual é acusado. Fale de uma vez seus atos em relação a Kairu, Baiken tem conhecimento daquilo que a garota falou. Mas quero ouvir o que tem a dizer sobre seus atos, tanto o do quarto de Kairu quanto o da terma com Henzo.

*Olho para Baiken*
- Suas acusações tem levado em conta apenas um lado, creio que concorda que a narração do que aconteceu vindos dele sejam importantes para fazer o julgamento completo. Sua admissão de culpa é um sinal de que tem noção do quão longe foi e o quão erradas foram suas ações, mas sinto que existem mais coisas que não estão sendo ditas. Capto raiva dele para com a senhora.

*Ergo a mão para mostrar a linha de forma visível para Baiken*
- Essa linha impede que ele diga mentiras, também me faz conseguir avaliar seu estado emocional. Isso é uma forma que tenho de avaliar quando alguém mente para mim ou distorce verdades. Tatsuma está tentando utilizar fatores externos para explicar suas atitudes, alegando culpa para tentar fugir da situação. Algo sobre o Kage que ele mencionou o incomoda e também sinto frustração, o que confirma uma parte de sua análise e também não o garante qualquer razão para questionar suas ordens.

*Hitsuu se aproxima e fala algo em meu ouvido*
- Uma espada então e algo sobre Kakashi, sempre causando problema. Nada disso justifica as atitudes que presenciei e as coisas de que é acusado. Insubordinação por não ter sido envolvido em algo que é maior do que sua patente, ter um peso retirado de si, é no mínimo ilógico.

*Volto para Baiken*
- A tetsukage-sama pode depois tratar dos assuntos sobre meu clã comigo, isso não entrará nesse julgamento. As múltiplas personalidades do meu clã são de conhecimento dessa vila. Julgar um ato ocorrido dentro de um genjutsu, situação na qual o individuo está sendo manipulado, é descabível e injusto.

Off: Por questão de melhoria da ordem de conversa, já que o julgamento deve girar mais entre mim e Baiken, vou postar antes do Tatsuma.

ON:
*Ouço a kage com atenção, Tatsuma se negava a falar o ocorrido no quarto e também parecia indicar rancor por coisas além dos fatos apresentados. Olho para Hitsuu, que afirma com a cabeça, para então olhar Baiken*
- Os relatos de rebeldia de Tatsuma parecem ligados à visita do Raikage, algo sobre uma espada que ele crê deveria ser envolvido pelo que viu. Não posso ler a mente dele, mas Hitsuu me disse sobre um local onde ele pensava que encontraria Uchiha kakashi, que teria sido alvo da ira desse mesmo kage.

*Cruzo os braços logo em seguida, pensando sobre algumas coisas que ela havia dito*
- Desculpe minha falta de compreensão de sua intenção sobre esse "teste" Tetsukage-sama, porem, admiti que se Tatsuma está sendo julgado independe de qual personalidade fez o que. Kyoukes não podem deixar que suas personalidades saiam do controle e o que uma faz não inocenta a outra. Mas...

*Ao falar sobre aquilo olhava para Tatsuma*
- Deixarei essa parte para depois, estou interessado no que houve no quarto da Gennin. Fale agora, tudo o que aconteceu naquele quarto, apenas sobre o que aconteceu no quarto. Não permitirei novas fugas, espero que tenha entendido isso de uma vez por todas.

*Observava a conversa entre os dois kages ficando cada vez mais irritado com as coisas que falavam, pareciam se medir enquanto apenas se desfaziam de qualquer coisa que pudesse ser dito do que havia ocorrendo naquela vila e ignoravam tudo que não fosse aquilo que queriam ouvir. Com a ordem de Kyosho e a constante falta de confiança de Baiken continuo*
- Então minhas motivações e minhas visões pouco importam para julgar meus atos. Irei contar me detalhes minha tentativa de conversar com Kairu, mas espero que isso não seja novamente visto como uma desculpa.

*Sinto que aquela linha poderia ser meu fim se puxasse muito as vontades dos dois kages e Kuroi simplesmente se fazia de cego e surdo além de mudo*
- Como já é de conhecimento da kage fui até o quarto de Kairu, fui como o amigo que julguei ser e como alguém mais experiente que a ajudou a lidar com sua ave quando nenhum membro do clã dela parecia disponível a fazê-lo. A encontrei cuidando de sua ave, podia avaliar pouco o estado de Todaru, mas o mesmo parecia bem após a queda, e ele precisava de descanso enquanto Kairu o tratava com seus produtos. Aproveitei o momento para questionar sobre como ele estava e admiti para ambos que os passei uma tarefa acima do que eles poderiam lidar, como já falei aqui. E questionei se Kairu sentia que havia agido corretamente, uma simples pergunta, uma reflexão.

*Minha expressão fica soturna*
- A resposta que tive foi rude e pautada em raiva e falta de informação, inclusive desde esse ponto ignorando coisas que soube depois, via nela um tom cego de quem não desejava ouvir qualquer coisa. Seus sons me diziam que ela havia ficado ansiosa com a conversa e por isso continuei calmo, precisava que ela entendesse que não a estava acusando e sim explicando o que ela havia passado e como suas atitudes tornaram as coisas piores do que estavam. Falei claramente sobre o quanto ela já havia me visto usar a kekkei genkai dos Kyoukes, além de falar sobre as possibilidades que ela tinha ao invés de apenas jogar Henzo de cima de Todaru. Tentei explicar que se ele havia acordado agitado e sem controle ela deveria ter feito a ave pousar, o risco de manter uma pessoa instável nessa situação era grande demais. A resposta dela era que não sabia de nada sobre as habilidades dele ou do clã, que não poderia saber o que ele havia feito, para então dizer que teria jogado quem fosse de cima de Todaru se isso significasse salvar a ave, mesmo que ela morresse... A única coisa que ele não conseguia ver é, ela iria morrer, a pessoa que ela estava resgatando morreria e a ave também por simplesmente "chutar" esse alguém da ave, ao invés de apenas pedir que Todaru descesse.

*Nessa hora olho para a kage*
- E foi ai que vi o quanto estava errado de ter posto essa pessoa numa missão. Vi nela o que já me incomodava, completa falta de qualquer treino ou auto controle. Ela não me ouviria e decidi abandonar o tom calmo e amigável, minha intenção então passou a ser confrontar Kairu com todos os erros que ela havia cometido.

Primeiro falei de sua recusa de ir buscar Mayli para voltar ao centro quando fomos ordenados a nos reunir. Mandei que Kairu fosse buscar a prima, pois ela teria mais chances de fazer Mayli apenas comparecer. Sua negativa abriu espaço para que Shuuhei, outro gennin sem experiência, fosse em seu lugar. O garoto foi atacado como o desconhecido que era e Mayli continuou no bosque.

Logo falei de sua falta de senso em deixar Mayli sozinha, sem ao menos tentar ajudar a prima ou ter algum tipo de ação para parar a mesma contra um Kage. Ela preferiu deixar a garota descontrolada sozinha e me buscar, se dizia incapaz de parar a prima e temia que se tentasse fosse morta pela mesma. Em seu desespero sua escolha foi fugir e procurar outro para fazer algo, ignorou que Mayli não teria a menor chance contra um kage e que Hikuro já havia saído a procura de ajuda.

E então falei de seu último erro, tratar uma pessoa como uma carga. Arremessar Henzo de uma ave em pleno voo, apenas por desespero. Deixei claro mais uma vez, as atitudes de Kairu mostravam apenas desespero e falta de qualquer bom senso. E também deixei claro que suas palavras mostravam frieza e que no caso dele ter morrido sua única atitude seria ignorar, pois em suas palavras ele não deveria ter mexido com Todaru. Como agora já esperava, sua resposta foi ainda mais raiva e ela então ficou surda para tudo. Dizendo que eu apenas a estava acusando e que queria que ela atacasse um kage, que eu a culpava por tudo que havia acontecido no dia. Ou seja, nesse momento vi ela novamente perdendo o controle e sendo irracional. E querendo então agir com agressividade mais física decidiu me tirar de seu quarto para me calar, nesse ponto não me segurei mais e decidi aplicar exatamente o que considero imperdoável. Me tornei a ameaça, impus a minha própria força e a imobilizei.

*Olho Kyosho*
- Fiz aquilo que estou recebendo agora. Manipulei seus nervos, fiz ela sentir o que Todaru sentiu com o jutsu de Henzo, a sensação de formigamento que esses jutsus causam. Minha intenção era fazer ela compreender que apenas esbravejar e se encolher de medo não eram as respostas. O que fez ela apenas pensar que eu a estava instigando a me atacar, provar que eu estava errado. Quando ela me deu o tapa perdi minha razão e então fui além do que já estava fazendo e puxei a garota até um estado profundo de medo. Até Todaru, a ave, tentou intervir e terminei o que tinha a falar com Kairu. Minha intenção era fazer ela entender suas atitudes e falhas, me excedi e tornei o que deveria ser uma conversa em agressão e não espero perdão por isso. Consegui apenas fazer com que ela se desse conta do quanto havia errado e agora ela apenas desistiu de ser uma ninja. A verdade é que eu gostaria que ela se desenvolvesse como uma shinobi e se superasse, mas se ela não tem condição de fazer isso por si mesma ela não irá conseguir isso nessa vila. Não enquanto os baixos níveis são ignorados e os altos guerreiam entre si.

*Encaro a expressão de ambos enquanto Tatsuma falava sua versão do que havia acontecido no quarto da Shinsora, entendia que no que pesava contra Tatsuma sua forma de agir após o ocorrido parecia ser pior do que seu comportamento real. Sentia ainda os sentimentos do Chunnin e não poderia deixar de perceber a falta de uma razão mais lógica do que simplesmente ter ficado irritado pela constante negação de Kairu*
- Pensei que nunca houvesse tido um depoimento vindo de Tatsuma, Baiken-san. Ao que me lembro seu resumo incluía apenas uma discussão entre os dois e não o desenrolar do que aconteceu antes, pelo que havia falado assumi que realmente Tatsuma foi a pensão a fim de acusar Kairu e a torturar psicologicamente para que a mesma admitisse erros que estavam fora de suas capacidades.

*Olhava Tatsuma apenas agora, a linha que estava ligada a sua nuca treme um pouco e Tatsuma sente sua mente mais leve ele ainda tentava esconder algo*
- Embora ele ainda deseje colocar a culpa de seu descontrole em uma sensação própria de desleixo por parte da vila no treinamento e avaliação de seus ninjas mais novos. Tatsuma levantou pontos que não posso ignorar, como o que ele disse sobre um fato que ele foi descobrir depois do episódio com Kairu. Em seu resumo do ocorrido foi incluído que Tatsuma não soube avaliar o estado de Kairu ou seu nível, o que segundo o relato do mesmo foi levado em consideração tanto que o mesmo não foi agressivo enquanto não sentiu a hostilidade e instabilidade da própria Kairu, e se culpou por ter deixado para ela a missão que causou esse descontrole. São informações que parecem novas e apontam uma interação maior do que a tortura da qual ele foi acusado.

*Volto meu olhar para Baiken. Hitsuu fala algo em meu ouvido*
- Pela sua falta de reação a esses fatos assumo que já estivesse ciente deles por outras razões ou pessoas. Mas creio que seja hora de saber o que aconteceu com Henzo. Pode começar a falar Tatsuma, escolha bem suas palavras, pois além de seus deveres com essa vila você tinha uma missão que você falhou em executar.

*Vejo a reação dos dois kages, já havia dado informações do descontrole de Kairu e visto a mesma expressão de Baiken que parecia dizer que isso não importava. Os olhos de acusação da kage não mudavam, nem as ameaças de Kyosho, e eu ainda tinha mais uma parte para falar. Que fosse!*
- Continuarei então. Ao sair do quarto já não tinha mais paciência para lidar com nenhum dos dois e sabia que Henzo estaria na terma, precisava falar com ele de qualquer forma pois tinha acabado de fazer um procedimento complicado para voltar a deixar seu chakra normal e ele precisava saber os riscos que corria ao utilizar nossa kekkei genkai.

*Olho para Kyosho*
- A missão falhou, tenho certeza. Pois não tenho condição de treinar alguém que prefere se fazer de vitima e ainda é arrogante o suficiente para não aceitar que precisa de ajuda e treino. Henzo parecia desconhecer quase tudo sobre nossa kekkei genkai, não sabendo das personalidades e dos níveis de liberação, o expliquei sobre o que ele havia feito consigo mesmo e suas constantes mudanças de personalidade. Ele atribuía tudo que ele estava passando a um encontro entre ele e Miyume quando ela estava sem controle de seus poderes. Ele pensava ter sido infectado pelo chakra negro do clã dela e que isso estava o consumindo. Na verdade ele estava inconscientemente suprimindo a liberação do estado máximo de nossa kekkei genkai, pude parar esse processo ao fazer as consciências dele se aturarem o suficiente. Fiz todas essas explicações tendo que aturar a arrogância do gennin e suas constantes formas de me mandar embora. Fiz essas explicações para que ele entendesse o que tinha acontecido e então parti para a sua punição por ter causado a discussão dele com Kairu.

*Olho para Baiken*
- Henzo disse que pediu para Kairu descer Todaru, que ela tentou jogar ele de cima dele quando ele acordou. Mas assim como Kairu não mostrava remorso por ter tentado manipular a ave em pleno voo e ainda completou falando que se tivesse conseguido ficar mais tempo em contato ele poderia pousar a ave ou não teria dado tempo para a reação que salvou os dois. Não precisava ouvir mais nada dele e imediatamente lancei um jutsu para paralisá-lo e estimular seus nervos sensitivos a transmitirem dor por todo seu corpo. As opções dele eram se desculpar e retratar com Kairu ou se afoga ali mesmo. Ele ainda tentou argumentar que Kairu foi a culpada e exigindo que ela se retratasse com ele. Fiz a dor se converter numa sensação de queimadura e seus sentidos de equilíbrio reproduzissem a sensação de queda. Isso sim era uma tortura, deixei ele lá com a promessa de que não tentaria mais ensinar nada a ele. Mas ele ainda teria que se desculpar com Kairu, ir se humilhar para ela.

*Então para Kyosho e sorrio satisfeito*
- Parece que ele se rendeu. Ficou resmungando algo enquanto eu saia, mas foi até Kairu e fez o que falei, duvido que tenha se arrependido de algo. Mas sei que irá pensar duas vezes antes de ameaçar alguém e agora ele está consciente de sua condição e sabe que será morto se perder o controle. Deveria ter ensinado ele melhor, Ookamikage.

*Olho para a Kage com raiva*
- Nada relacionado ao caso que sou acusado. Já deixaram bem claro que não tenho autorização para falar nada além do que foi feito na pensão.

*Durante o relato de Tatsuma ele começa a sentir um formigamento na área onde estava a linha, as sensações dele ficavam ampliadas agora enquanto em sua cabeça vinham as imagens do que havia feito. Essas imagens eram visíveis para mim e garantiam saber mais sobre o que havia acontecido antes do episódio, olhava para Tatsuma com raiva*
- Baiken-san, sugiro que termine seu julgamento desconsiderando o episódio com Henzo. Tatsuma será julgado pelo clã Kyouke sobre esses acontecimentos e punido de acordo, suas intenções com Henzo eram de o maltratar caso ele não fizesse exatamente o que ele quisesse. O que coloca o caso dele em uma situação diferente de Kairu, não foi falta de controle, Tatsuma agiu por motivações externas.

*Olho para a kage, exibindo a mão que tinha a linha*
- Em seu relato havia dito que ele se recusava a falar a verdade, sendo que agora diz que ele já havia dito uma versão semelhante a dita agora. A apresentação de detalhes pode ter sido obra de minha presença, mas nada além disso parece ser algo novo. A raiva que ele transmite a cada vez que olha a senhorita é tangível mesmo sem essa linha, além disso, as emoções de seus subordinados mais próximos e a sua também demonstram um nível de descrença que posso tocar.

*Baiken começava a demonstrar sinais de parcialidade no caso e de ignorar principalmente a atribuição que uma patente superior deveria ter sobre uma patente inferior. Faço com que o corpo de Tatsuma se levante, já sem que ele tivesse mais algum controle sobre ele*
- Para mim está claro que esse julgamento pouco tem haver com o que, mas com o porquê. Baiken-san, se um oficial superior não tem autorização de disciplinar e punir ações dos seus subalternos a hierarquia não existiria. Tatsuma é um oficial e como tal deveria sim procurar Kairu para esclarecimento e punição de seus atos incorretos referentes ao episódio, principalmente por ter sido o responsável pela missão que ela falhou. Isso não está incorreto e tão pouco os sentimentos dela deveriam ser levados em conta, ela é uma Shinobi e não uma menininha, ao se formar Gennin ela tem responsabilidades e deixar seus sentimentos acima disso é inaceitável. Tal como foi com o descontrole de Tatsuma, que claramente fez uso de excesso de força em sua punição e deve ser julgado culpado por isso. Questionar os sentimentos dele não deveria ser o motivo desse julgamento e tão pouco importar nesse caso.

*Olho Baiken nos olhos*
- Qual a sentença de Tetsugakure para esse chunnin? Suas acusações são uso excessivo de força contra um oficial inferior, abuso de autoridade e tortura. Atesto que o mesmo efetuou todos esses atos, não tendo sido manipulado em nenhum momento e tão pouco tendo a necessidade de fazê-lo para assegurar sua integridade física.

*Sentia o controle de meu corpo ser tomado, Kyosho utilizava um jutsu para manter minha mente nas coisas que haviam acontecido entre mim e Henzo. Não conseguia mais mover meus membros pela minha vontade e ouvia tanto Baiken quanto Kyosho enquanto falavam*
- Confrontei Kairu com seus medos e inseguranças, confrontei ela com a forma como tem agido e suas falhas. Não feri Kairu, tão pouco a agredi fisicamente como diz, tudo que fiz com ela foi imobilizá-la e lhe dizer verdades. Todos os erros dela disse o que poderia ter feito, principalmente sobre deixar Mayli na floresta quando a senhora fez a convocação dos ninjas. Falei antes mesmo do descontrole dela sobre ela ter tentado continuar o voo com Henzo agitado sobre Todaru. E em momento nenhum falei que ela deveria lutar contra um Kage e sim controlar Mayli. Me excedi na forma de fazer isso, sim, pois a mesma não me deixou escolha.

*Tentava me mexer contra o jutsu de Kyosho*
- Por conhecer ela da forma que conheço, o que não é tanto, preferi fazer isso logo após o acontecimento. Pois se fizesse depois iria ter a mesma reação e ainda teria ela achando que estava certa o tempo todo. Arriscaria que ela e Henzo se confrontassem enquanto nutriam seus ódios um pelo outro. Minha escolha de ação foi justamente para tentar acabar com a história antes que piorasse.

*Ouço as palavras de Kyosho sobre meu julgamento pelos Kyoukes e depois quando ele fala para Baiken aplicar a sentença de uma vez, aquilo me deixava nervo e dava a sensação de alivio ao mesmo tempo*

*Encarro Baiken com um olhar que refletia ameaça*
- Tetsukage-sama, se quiser explicar sua constante mudança de certezas a cada vez que abrir a boca esse julgamento irá demorar mais tempo do que tenho disponível. Atenha-se ao que está sendo julgado e não a me explicar como você pensa, sua cabeça é um mar de incertezas e hipóteses. Seu relato me mostra que procurou interrogar Tatsuma mais de uma vez, ignorando sua própria capacidade de observação sobre sentimentos, parece não ter percebido que as histórias após a primeira foram motivadas pela raiva que o mesmo sentia de você. Tatsuma claramente, e descaradamente, tentou se acusar de algo mais grave do que havia feito para que a senhora o punisse de uma vez.

*Olhava para Tatsuma por um breve momento até ver Midori se mexer*
- Sua tentativa está sendo frustrada rapaz. Já que Baiken,ao contrário de seu passado, pretende ser uma pacifista.

*Meu olhar se fixa na serva de Baiken, transmitindo um sentimento de perigo para ela*
- Midori, não é? Sua missão e a de Kuroi não é encarar Tatsuma com desprezo e raiva, Kuroi parece querer matar o rapaz nesse instante. O que deixaram claro. Agora volte para sua posição de guarda. Se está aqui como conselheira, ou informante, de Baiken se dirija a ela e não ouse dar novas desculpas sobre seu comportamento.

*Volto para Baiken enquanto ela explicava sobre sua hierarquia sem poderes. O jovem Hitsuu sussurra novamente em meu ouvido após ela terminar de falar sobre isso*
- Sua hierarquia parece concentrar todo o poder nas suas mãos Baiken. Como disse, um superior tem o dever de disciplinar e guiar seus subalternos. Não falei sobre o uso excessivo de força e sim sobre a responsabilidade de Tatsuma, como superior, ir até Kairu a repreender por seu comportamento impulsivo e as consequências de seus atos. Sobre comportamentos, recebi informações de outros subordinados mais diretos da senhora que cometeram atos contra essa mesma gennin durante a invasão que ocorreu em sua vila. Creio que esse também incorra nas acusações de Tatsuma, pelo que ouvi ele a maltratou a ponto de tentar a estrangular. Takanagi? Esse é o nome?

*Esboço um sorriso ao perceber que Baiken transparecia seus sentimentos de forma mais claro como passar da conversa e seu incomodo ao ser desafiada em suas palavras*
- Estou a acusando de julgar sentimentos. Os sentimentos de Kairu, os sentimentos de Tatsuma, qual diferença eles fazem? Tatsuma declarou seu arrependimento, mesmo que tentando disfarçar, a cada vez que tentou ser duro com a senhorita. Uma pose, uma péssima pose, desmascarada ao relatar sua história. Se sentimentos fossem relevantes nesse julgamento eu julgaria que ambos estavam sem capacidade para responderem por suas ações, pois seus sentimentos os cegaram. Esses sentimentos fizeram Tatsuma ignorar a clara alteração de Kairu e ver que não atingiria seu objetivo. Inaceitável essa desculpa.

*Volto minha expressão para a seriedade que o momento exigia, sentindo ainda satisfação em arrancar um suspiro irritado de Baiken. A Tetsukage parecia mais humana afinal*
- Se deseja dar uma lição e apelar para sua auto-reflexão, sugiro que o faça depois que ele for punido. Esse rapaz se mostra resistente a ouvir suas lições sobre humanidade.

*Ao ouvir a sentença balanço a cabeça em negação uma vez. Me volto para Tatsuma*
- Sua bondade me comove Baiken-san. Tatsuma, por sua tentativa contra a vida de Henzo Kyouke, motivada por motivo banal, e o fato de ter deixado que o mesmo não se encontre mais nessa vila... Aparentemente sem sequer saber desse fato... Te puno com a perda de um membro até que encontre Henzo e o traga novamente para essa vila. Boa sorte sem seu braço.

*Toco o ombro direito de Tatsuma, a linha em seu pescoço se solta e ele volta a sentir plenamente seu corpo. Imediatamente minha mão brilha em faíscas e tatsuma sequer sente a dor, apenas um vazio onde era seu braço direito*
- Esse foi o julgamento dos Kyoukes, Termine seus dois dias de trabalhos comunitários e depois se desejar recuperar seu braço, peça a Baiken-san autorização para ir atrás de Henzo. Ela e Kuroi tem o cheiro dele.

*Olhava Baiken, sempre com raiva e sempre insatisfeito. Se meus crimes eram graves como teria apenas que fazer um serviço pequeno como punição. Em que ela estava achando que aquilo era uma forma de punição? Servir a vila era minha profissão, fazer isso em menor escala ainda era uma missão*
- Como queira.

*Kyosho imediatamente dava sua sentença. Sinto meu corpo voltar ao meu controle e olho para o ombro em que ele toca e não sinto o membro que olhava diretamente, me esforçava para ter alguma reação dele, meu rosto incrédulo*
- Henzo não está mais na vila? Prefiro perder esse braço a ter que procurar por ele.

*Olho para a kage, retribuindo seu olhar frio. Sabia exatamente onde estava e o quanto aquele lugar se mostrava mais hostil do que a senhora daquele lugar gostaria de transparecer*
- Não a estou provocando Tetsukage. Estou te alertando para suas incoerências, se deseja se manter cega em relação à elas fique a vontade. Mas vim aqui para assuntos mais importantes do que Tatsuma, toda volta que foi dada para decretar que ele irá ficar dois dias a serviço da vila que ele serve é no mínimo uma perda de tempo. Se tive que a questionar tanto no meio de suas explicações variadas de como Tatsuma mentiu para a senhorita é por que a senhorita não se fez coerente, minha atenção não foi perdida nenhuma vez, muito menos deturpei suas palavras.

*Olho para Kuroi principalmente naquele momento, o homem mudo e de olhos frios demonstrava mais de si mesmo do que as duas mulheres que tão bem queriam se expressar*
- Os sentimentos deles não importam, suas intenções sim. E a intenção que sinto emanando desse é a de um assassino. Seus servos não me representam ameaça alguma Baiken, muito pelo contrário, foram incapazes de perceber um simples garoto.

*Encosto minha mão no ombro de Hitsuu, enquanto Baiken se referia ao tal incidente que o mesmo havia me relatado*
- Isso é uma surpresa, me pareceu que não tinha esse tipo de apetite por punições.

*Em meio a seu discurso sobre suas capacidades de julgamento e o quão ofendida estava em ser questionada, Baiken parecia estar disposta a cometer um grande erro e tentava se mostrar ameaçadora. Hitsuu nesse momento volta a forma lupina, ficando novamente pequeno e quase insignificante ali no meio da sala, meu chakra se expande e meus olhos demonstram uma aparência quase animalesca para a outra Kage*
- Está se exaltando Tetsukage-sama. Vim até aqui para discutirmos sobre coisas sérias e não ver julgamentos escolares. Se está ofendida com a minha participação nesse julgamento deveria ter me pedido para entrar apenas depois de tê-lo feito, a partir do momento que me permitiu participar me deixou livre para fazer minhas considerações sobre o caso. Não me importo em qual vila estou, não serei ameaçado, está entendendo?

*O momento em que terminava minha fala uma pequena descarga de energia atingia Tatsuma o fazendo cair*
- Sua resposta está na espada que desejou confiscar. Descubra isso por si mesma. Temos assuntos mais importantes a tratar. Assuntos como abrigar um membro da Rokutsuke, um criminoso procurado e sua aliança com Raigakure. Uma vila envolta em mistério e com um potencial para se tornar uma inimiga, que está de olho em uma fonte obscura de chakra.

*Encarava a kage enquanto o pequeno lobo ao meu lado encarava tanto Kuroi quanto Midori*
- Se verdades a provocam Baiken-san então a estou provocando. Garanto que não houve problemas de compreensão de minha parte, tão pouco desconfiança, das coisas que havia dito. Porem não posso deixar de notar incoerências por parte da autoridade máxima dessa vila.

*Lanço um olhar de desprezo para Tatsuma*
- Um capitão que precisa machucar uma subalterna para dar uma lição ou que não tem a capacidade de avaliar a situação em que estava fazendo suas ações. Esse capitão merece ser deposto de seu cargo, ser posto como alguém que realmente não tem capacidade de comandar. O que ele sentiu em fazer o que fez não importa, mas o que ele fez foi abusar de sua força e autoridade, essa é seu crime e ele é culpado disso. Sua punição foi leve, não a estou provocando em dizer que foi. Em Ookami ele teria perdido seu posto de Chunnin e seria obrigado a ser um gennin até comprovar qualquer capacidade de assumir o posto.

*Olho para baiken novamente*
- A intenção dele era fazer Kairu se comportar como ele queria através da força. Isso em si não é aceitável. Nada nisso o deixaria impune. Sua tentativa de torturar Henzo e ameaçar o matar por outro lado é um crime mais sério, pois sua intensão era matar o rapaz se o mesmo não fizesse o que ele mandava. Se não entender isso talvez continue ignorando a diferença.

*Jogo um pergaminho de invocação que explode em dois felinos grandes e mortos na frente da mesa da kage*
- Sasaki Subaru, um dos lideres da organização. Dois subordinados de Ookami que foram enviados a sua vila, em meio a invasão do mesmo, conseguiram capturar esses. E que pelo cheiro em sua sala, você também capturou um deles. O fato de que ele se apossou de uma fonte de chakra perigosa é um risco para todas as vilas.

*Cruzo os braços e ponho uma mão no queixo*
- Talvez suas informações a respeito dos Kynimamotos seja falha. Talvez não entenda a importância de ter essas pessoas sobre controle. Nunca deve ter visto os efeitos em seus membros e nos ninjas que interagem com eles. Desconhece o risco que é ter uma pessoa de sangue puro como Miyume sendo usada como uma marionete. Mas garanto a Tetsukage, a linhagem dos Kynimamotos é perigosa e cair em mãos não confiáveis é simplesmente absurdo.

*Descruzo os braços e olho para os olhos de Baiken*
- Qual o interesse de Tetsugakure de ajudar uma vila como Raigakure a se apossar de tal linhagem da forma como eles desejam? Ajudar os renegados de Semba Tsuru pode ser visto como algo altruísta de sua parte, mas ajudar Sagara a perseguir essa garota colocar muita coisa em risco.

*Ao ouvir as primeiras palavras de Baiken um raio cai em Tetsu e me viro para a porta. Hitsuu me acompanha*
- Tenha um bom dia Tetsukage. Se deseja continuar com esse assunto o faça sozinha.

*Ao terminar de falar e ouvindo as primeiras palavras do monologo de Baiken me torno um lobo assim como Hitsuu e ambos sumimos no ar como se não tivéssemos estado no local, algo semelhante ao que havia acontecido quando o lobo mais novo surgira. Os felinos na sala cheiravam a sangue seco e morte*

*Um gavião pousa no parapeito da janela com uma mensagem presa a uma das patas dando um único silvo, para anunciar sua presença.*