ŦŦ_Akaoni. Fuga de Vincent_ŦŦ

Após sua fuga da cabana escondida de Baiken, Vincent rondou por algum tempo antes de realmente desaparecer por completo. Aqui serão descritos seus dias até o ponto onde ele se encontra depois de tanto tempo.

Olhava para uma parede como se ali houvesse alguém, lentamente fechava os olhos e quando os abria tinha um pedaço de pergaminho onde anotava sua conclusão para Baiken. "Lamento. Não serei julgado por um inferior. Na próxima vez que nos vermos não serei um aliado, infelizmente para a senhorita.". Olho para o "vazio" da clareira onde a cabana estava e logo tudo vira fumaça.

A fumaça se dissipa e tudo fica escuro, abro uma porta para um quarto fechado. Aquele lugar tinha roupas e acessórios que utilizava na vila Tetsu, sua estrutura era a de um quarto da pensão de Tetsu, sua arrumação era metódica e parecia que nunca havia sido tocada, alcanço uma escrivaninha onde mais uma vez faço uma marca similar a um selamento e a toco em seguida, o quarto parece ter sido inundado de chamas pequenas por um momento e então tudo volta a ficar normal. Vou até a janela e a abro, a vila de tetsu aparecia a minha frente e logo suas paisagens passavam rapidamente até que parava em um local mais alto e com pequenos acúmulos de neve. Observava um templo no alto de uma montanha enquanto algumas pessoas pareciam se reunir... Era como se estivesse ao lado deles, ou na frente deles.

Seguro um pequeno pássaro próximo de mim enquanto descargas de chakra raiton se espalham pelo animal. Solto o mesmo que voa desengonçado para próximo das pessoas naquele templo, observo sua tentativa de chamar atenção e balanço a cabeça quando o mesmo é inefetivo, o animal parecia lutar contra o que o tinha afetado e seus medos naturais impediam que ele fosse bem utilizado. Minha visão volta a ser de uma espeça fumaça até me deparar com um pátio. Aquele lugar parecia um campo de batalha, muitos corpos haviam sido deixados no chão já a tempos sem vida e todos com feridas animalescas. Me dirijo até uma porta e tudo fica escuro como se por algum motivo não visse mais nada.

Estava em um quarto simples, suas paredes de pedra indicavam uma construção antiga. Haviam naquele quarto o essencial para se viver e nada mais, tudo estava limpo e organizado. Em uma das paredes um pergaminho havia sido fixado, em sua maior parte havia uma grande mancha escura com alguns pontos claros e o que poderia ser considerado um caminho.

Após algum tempo deixava o quarto para trás, entrava em um salão grande e desorganizado passando por um corredor largo. Aquele lugar deveria ser grande para haver um salão tão grande e mesmo assim estava vazio. Ao fundo do salão a cabeça de diversos lobos estavam penduradas como troféus de caça, eram maiores do que lobos normais, abaixo delas espadas e outras armas para cada uma havia sido depositada ali. Seguia diretamente para aquele lugar e ficava um tempo as olhando, para então seguir até uma porta ao lado, tudo escurece novamente.

Estava em um descampado, três alvos haviam sido usados para práticas de shuriken e ninjutsus, olho ao redor e vejo o céu e o horizonte, o mundo escurece.

Um vilarejo em chamas, podia ver as pessoas correndo em desespero enquanto um grupo de homens armados apontavam lanças em minha direção. Olho para a direita e vejo o homem que tinha meu braço atravessando em seu peito, o largo como se fosse nada, volto meus olhos para os homens, suas expressões um misto de raiva e medo, dou dois passos naquela direção e paro diante de uma sacola no chão, pego aquilo que parecia uma sacola com mantimentos, me viro e sigo para fora daquele vilarejo.

Uma lança passa a esquerda de meu rosto e novamente o mundo escurece. Estava em um pátio, o mesmo que estivera antes com corpos ainda jogados ao chão, aquele lugar que parecia um campo de guerra. Ao redor uma grande montanha com poucas vegetações rasteiras que se atreviam a crescer mesmo em um local tão hostil. Já era próximo do final da tarde e começava a descer por um caminho estreito a montanha.

A medida que descia aquele lugar podia notar alguns amontoados de carvalhos, passando deles a noite já começava a se fazer presente e via uma pequena fogueira em meio a escombros ou ruínas de algo. Minha visão se aproxima de um rapaz próximo ao fogo, parecia surrado e então volto meu caminho até o templo como se aquilo não fosse nada. Antes de chegar o mundo novamente enegrecia.

Novamente olhava para a parede do quarto no qual o pergaminho com o mapa havia sido fixado, a mancha escura que o cobria a cada dia ficava menor e logo estaria claro. Desviava o olhar para uma pequena escrivaninha com dois pergaminhos, os pegava e então saia novamente para o pátio daquele lugar, o sol já estava alto quando fazia isso.

Seguindo pelo caminho do último dia chegava novamente ao ponto onde poderia observar o jovem, ele parecia não notar a presença daquela distância. O garoto parecia fazer algo nos escombros, mesmo sem o movimento de um de seus braços o rapaz tinha capacidade, voltava para o meio dos carvalhos e seguia por um novo caminho.

Chegava até uma caverna, aquele lugar tinha marcas claras de um predador. Enquanto se aproximava olhava atentamente para o fundo da caverna, logo via um grande animal no local e uma kunai o acertava, o animal se agitava e começava sua investida contra quem o atacou. A visão fica nublada e então estava novamente no pátio. Olhava para o céu, a lua estava começando a ser notada e então o mundo novamente ficava escuro.

Sua primeira visão é a de um grande urso com as patas levantadas em ameaça, aquele era seu território e pelo segundo dia era invadido pelo ser estranho. O animal se lançava contra o oponente em fúria e era recebido por kunais e senbons. Todos aqueles ataques afetariam o animal, mas com certeza não o matariam.

Após algum tempo a visão voa para uma construção quase caída. Um jovem dormia ali, seus cabelos pareciam azulados ao invés de pretos e ele parecia exausto, uma lâmina era apontada para seu pescoço por poucos segundos até ser retirada. O olhar era vicioso, como se o desejo de simplesmente acabar com aquilo fosse grande demais.

A visão novamente se desloca para um quarto onde uma mesa com chá havia sido posta, o local parecia não ter entradas ou saídas de forma alguma e então tudo se escurecia.

Os dias se passam sem que novas imagens fossem vistas, era como se tivesse hibernado ou apenas tivesse mantido seus olhos fechado por dias. Algo poderia ter acontecido, as últimas imagens de seus dias e os constantes blackouts durante os dias indicavam algo anormal.

No terceiro dia, porem, novamente seus olhos se abriam e lá estava o mapa na parede, o quarto parecia não ter sido tocado nos dias que se passaram, o mapa estava mais claro e era arrancado da parede de forma que não rasgasse. Começava a sua peregrinação costumeira, passava do quarto para o saguão e desse para o pátio, os corpos pareciam ter aumentado por alguma razão ali. Seguia para a floresta de carvalhos, até a caverna que já conhecia a algum tempo, ali estava o urso em posição de desafio. O animal parecia machucado, mas raivoso, uma senbom é arremessada e acerta o animal que passava a correr na direção de algo assim que atingido.

Seguia o grande animal de uma certa distância, até visualizar um jovem de cabelos negros e cicatrizes em seu olho esquerdo. Parecia que o jovem tinha dificuldade de se guiar pela floresta e era encarado pelo urso que o desafiava por ter invadido sua floresta, era claro que o urso estava enfraquecido e o garoto ainda assim tinha dificuldades em enfrentar o grande predador. Por um momento vejo o rapaz liberar sua kekkei genkai e então dominar o combate, minha visão se desfoca até chegar em um ponto onde podia ver o outro rapaz que já estava ali a um tempo, estava no alto e certamente não era visto.

O jovem mais velho havia escolhido a armadilha que desejava usar, estava no topo de uma casa cujo teto não caia por pouco apenas por tê-lo sobre ele. Após algum tempo o rapaz da floresta finalmente chegava a antiga aldeia, os dois pareciam discutir brevemente até que o rapaz em um impulso ataca o mais velho e esse ativa suas armadilhas. Uma luta se inicia e por sorte o mais velho tem algum controle.

Os olhos sem vida do mais jovem parecem ter tomado vida, seus nervos se descontrolavam sob sua pele e era possível ver que aquilo o feria de alguma forma, seu corpo liberava chakra além do que poderia e esse tomava sua natureza sem controle. Salto e uma pequena fagulha de energia era atirada contra o mais jovem dos rapazes, ele parece se acalmar assim que atingido e novamente o mundo se escurece.