♦ Quarto Principal

*Keiko entrava no quarto passando por Subaru e seguindo direto para o banheiro, deixando um rastro de sangue no chão. Indo direto para a pia, a mulher ligava a torneira e se apoiava com os braços, abaixando a cabeça respirando fundo diversas vezes parecendo tentar se conter.*

-...

*Keiko tentava organizar sua cabeça e se acalmar quando o questionamento de Subaru em suas costas e sua distancia a surpreendem. Ele, que era o único motivo de tanta luta, sequer parecia de fato se importar com o que tivesse lhe acontecido.*

-...Ela está em perfeito estado. Não precisa se preocupar, Subaru.

*Ela olhava suas mãos trêmulas onde haviam alguns cortes profundos, e mesmo toda aquela dor não parecia capaze de superar seus pensamentos perturbados.
Suspirava fundo, engolindo seco, vendo que o sangue não iria parar.*

-...Vou precisar dar pontos...

*A voz carregava um misto de desgaste e tristeza sussurrava como se para si mesma, pois sua raiva não deveria ser direcionada para Subaru, apesar de não passar.
Fazendo um selo simples, a uma linha aparece em sua mão, e de dentro de sua veste ela retirava uma agulha curva.
Buscava colocar a linha naquela agulha, mas tremia a ponto de não conseguir, e aos poucos sentia seus olhos se encherem de lágrimas.*

- ...

*Cabisbaixa, Keiko observava sua mão cortada junto às dele, e apesar da confusão, não se oporia a ajuda de Subaru. Começava a costurar sua mão dolorosamente sem esconder a dor em suas feições, e após se acalmar um pouco, dava 8 pontos em sua mão direita. Gemia um pouco de dor, com a boca entreaberta e trocava facilmente de mão, dando 10 pontos na mão esquerda.*

- ... Pronto.

*Ela observava as palmas das mãos com tristeza, seria aquele o começo do seu fim? O espelho refletia sua expressão.
Testava mover seus dedos, conferindo que estava tudo bem com seus movimentos.*

-...Obrigada...

- Espero. Não é seguro ficar assim.

*Ainda analisando a movimentação das mãos, Keiko parecia ignorar friamente a dor que sentia, e fazia um breve sinal negativo, ainda sem encarar Subaru.*

- Isso não interessa. Ela está inteira como você quer.

*Keiko observou discretamente a movimentação de Subaru por baixo dos seus cabelos negros repicados, dando alguns passos em direção à porta enquanto mantinha as mãos erguidas para evitar novos sangramentos.*

-...Existe algo que queira me falar, Subaru?

- Ok.

*Reprimindo totalmente suas emoções, Keiko não parecia se atingir com as expressões de Subaru. Sequer o ódio velado por aquela prisioneira maldita poderia ser sentido. Agindo friamente, ela parecia considerar apenas a hierarquia da organização naquele momento, e seguia seu caminho para deixar aquele lugar como se seguisse alguma ordem.*